Simbá nas escolas: experiências de formação, mediação e fruição teatrais

• Ano de defesa: 2016
• Autor(a) principal: Rodrigues, Ronan Carlos de Freitas Vaz
• Orientador(a): Leite, Vilma Campos dos Santos
• Banca de defesa: Soler, Marcos Marcelo , Caon, Paulina Maria
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Uberlândia
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Artes
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Simbá nas escolas; Formação de professores; Formação de espectadores; Mediação; Experiência; Simbá en las escuelas; Formación de espectadores; Formación de profesores; Mediación; Artes cênicas teses; Mediação teses; Arte formação de professores teses; Grupos teatrais teses; Arte e educação
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
• Link de acesso: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/23483; http://dx.doi.org/10.14393/ufu.di.2018.1408

Esta dissertação apresenta algumas reflexões e discussões sobre a formação de espectadores teatrais a partir da análise das ações contidas no projeto Simbá nas escolas, desenvolvido pelo meu grupo de teatro, a Trupe de Truões, no ano de 2010. Este projeto envolveu um coordenador artístico-pedagógico convidado – especialista em Pedagogia do Teatro –, os artistas-docentes do grupo, bem como alguns professores, alunos e familiares de duas escolas públicas da cidade de Uberlândia-MG. A partir da realização dessa experiência, ficaram latentes em mim algumas questões: Qual é a potência da sensibilização do professor para um melhor aproveitamento do trabalho em arte desenvolvido com alunos? Como sensibilizar os professores das outras áreas de conhecimento para que estes atuem como mediadores no processo de iniciação de alunos espectadores? Sobre quais perspectivas artísticas é possível construir procedimentos de sensibilização e formação de professores mediadores? Seria a escola um campo fértil para a experiência estética entre sujeitos artistas-docentes e alunos-espectadores? Com base nessas inquietações, procurei abordar, nesta investigação, temas ligados à Recepção Teatral como caminho para discutir questões referentes à figura do artista-docente, à produção de teatro para crianças e jovens e à escola como espaço potencial para a formação de espectadores teatrais. O estudo concentrou-se na análise das ações de formação desenvolvidas com professores e alunos tanto para a preparação destes para a ida ao teatro quanto para o prolongamento da experimentação cênica pós-peça. As principais referências teóricas que deram suporte a essa reconstituição crítico-reflexiva do projeto Simbá nas escolas foram as noções de pedagogia do espectador, de Flávio Desgranges, de emancipação, de Jacques Rancière, e de experiência, de Jorge Larrosa. Por se tratar da descrição e análise de uma experiência vivida por mim, no contexto do meu grupo de teatro, vali-me da minha memória e de alguns vestígios dessa experiência – cadernos de anotações, planos de trabalho, listas de presença, planejamentos das oficinas, relatórios, registros fotográficos e videográficos – a fim de reconstituí-la e, assim, refletir acerca da possibilidade de formar/sensibilizar o professor generalista da educação básica para mediar o contato do aluno com a linguagem cênica.