Desfechos clínicos em portadores de osteodistrofia renal : dados do Registro Brasileiro de Biópsias Ósseas (REBRABO)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Carbonara, Cinthia Esbrile Moraes, 1985-
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: [s.n.]
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Distúrbio mineral e ósseo na doença renal crônica
Insuficiência renal crônica
Hospitalização
Morte
Chronic kidney disease-mineral and bone disorder
Renal insufficiency, Chronic
Hospitalization
Death
Link de acesso: https://hdl.handle.net/20.500.12733/13382
Resumo: Orientador: Rodrigo Bueno de Oliveira
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spelling Desfechos clínicos em portadores de osteodistrofia renal : dados do Registro Brasileiro de Biópsias Ósseas (REBRABO)Clinical outcomes in patients with renal osteodystrophy : data from Brazilian Registry of Bone Biopsies (REBRABO)Distúrbio mineral e ósseo na doença renal crônicaInsuficiência renal crônicaHospitalizaçãoMorteChronic kidney disease-mineral and bone disorderRenal insufficiency, ChronicHospitalizationDeathOrientador: Rodrigo Bueno de OliveiraTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências MédicasResumo: Introdução: A osteodistrofia renal (OR) é uma das principais complicações em pacientes com doença renal crônica (DRC). Não se sabe se os subtipos de OR influenciam a incidência de resultados clínicos adversos em longo prazo. Métodos: Foram considerados os dados do Registro Brasileiro de Biópsias Ósseas – REBRABO, uma coorte prospectiva, nacional e multicêntrica de indivíduos com DRC submetidos à biópsia óssea e acompanhados por 1.242 (693 a 1.508) dias. O objetivo principal foi comparar, entre os subtipos de OR, a frequencia de fraturas ósseas não-traumáticas, hospitalização, eventos cardiovasculares adversos maiores (MACEs) e morte. Resultados: Dados de 386 indivíduos foram considerados, sendo 275 pacientes completaram o seguimento médio de 3,4 anos. Esta foi uma população com idade média de 52 (42-60) anos, 143 (52%) eram homens, 39 (14%) tinham diabetes e 248 (90%) estavam em diálise. Os participantes foram agrupados de acordo com o subtipo OR como: osteíte fibrosa - OF (n=163; 42%), doença óssea adinâmica – DOA (n= 96; 25%), osteodistrofia urêmica mista - OUM (n= 83; 21%). 190 (49%) tinham osteoporose, 82 (56%) calcificação vascular; 138 (36%) acúmulo de alumínio ósseo e 137 (36%) intoxicação por ferro; pacientes com alta remodelação foram propensos a apresentar maior prevalência de sintomas. Durante o acompanhamento, foram relatados um total de 28 fraturas ósseas, 97 eventos de internação, 44 MACEs e 70 óbitos, com incidência de 15,1% (4,4%/ano), 49,5% (14,6%/ano), 23,3% (6,85 %/ano) e 25,5% (7,5%/ano), respectivamente. Os subtipos de OR não foram relacionados aos desfechos adjucados. 96 (35%) pacientes foram diagnosticados com acúmulo ósseo de Al e eram mais jovens [50 (41–56) vs. 55 (43–61) anos; p = 0,026], tinham menor índice de massa corporal [23,5 (21,6–25,5) vs. 24,3 (22,1–27,8) kg/m2; p = 0,017], maior tempo de diálise [108 (48–183) vs. 71 (28–132) meses; p = 0,002], apresentavam maiores frequencias de prurido [23 (24%) vs. 20 (11%); p= 0,005], ruptura de tendão [7 (7%) vs. 3 (2%); p = 0,03) e dor óssea [2 (0–3) vs. 0 (0–3) unidades; p = 0,02]. A regressão logística revelou que o acúmulo prévio de Al nos ossos [OR: 4,517 (IC: 1,176–17,353); p = 0,03] e tempo em diálise [OR: 1,003 (IC: 1,000–1,007); p = 0,046] como determinantes independentes do acúmulo ósseo de Al; pequenas perturbações nos parâmetros dinâmicos do osso e nenhuma diferença na taxa de fraturas ósseas foram observadas; MACEs foram mais prevalentes em pacientes com acúmulo ósseo de Al [21 (34%) vs. 23 (18%) eventos; p = 0,016]. A regressão de Cox mostrou que diagnóstico atual/anterior de acúmulo ósseo de Al e diabetes mellitus como preditores independentes para MACEs: [HR = 3,129 (IC: 1,439–6,804; p = 0,004) e HR = 2,785 (IC: 1,120–6,928; p = 0,028]. Conclusões: Os subtipos de OR não estão relacionados com a incidência de resultados clínicos adversos. Proporção elevada de pacientes foi diagnosticada com OF e DOA, bem como osteoporose, calcificação vascular e sintomas. Uma proporção elevada de pacientes apresenta acúmulo ósseo de Al, associado a uma maior prevalência de dor óssea, ruptura de tendão e prurido; o acúmulo ósseo de Al foi associado a pequenas perturbações na osteodistrofia renal; diagnóstico atual/prévio de acúmulo ósseo de Al e diabetes mellitus foram preditores independentes para MACEAbstract: Introduction: Renal osteodystrophy (ROD) is a major complication in patients with chronic kidney disease (CKD). Whether ROD subtypes influence the incidence of long-term adverse clinical outcomes is unknown. Methods: Data from the Brazilian Registry of Bone Biopsies – REBRABO, a prospective, national, and multicenter cohort of CKD individuals who underwent bone biopsy and were thereupon followed for 1242 (693 to 1508) days, were considered. The main objective was to compare, across ROD subtypes, incident bone fractures, hospitalization, major cardiovascular events (MACEs), and death. Results: A total of 386 patients were included, and 275 patients completed the mean follow-up of 3.4 years. This was a population with a mean age of 52 (42– 60) years, 143 (52%) were men, 39 (14%) had diabetes, and 248 (90%) were on dialysis. Participants were grouped according to the OR subtype as: osteitis fibrosa - OF (n=163; 42%), adynamic bone disease - ABD (n= 96; 25%), mixed uremic osteodystrophy - MUO (n=83; 21 %). 190 (49%) had osteoporosis, 82 (56%) vascular calcifications; 138 (36%) bone aluminum accumulation and 137 (36%) iron intoxication; patients with high turnover were likely to have a higher prevalence of symptoms. During follow-up, a total of 28 bone fractures, 97 hospitalization events, 44 MACEs, and 70 deaths were reported, with incidence of 15.1% (4.4%/year), 49.5% (14.6%/year), 23.3% (6.85%/year) and 25.5% (7.5%/year), respectively. ROD subtypes were not related to adjudicated outcomes. 96 (35%) patients have diagnosed with bone Al accumulation and were younger [50 (41–56) vs. 55 (43–61) years; p = 0.026], had lower body mass index [23.5 (21.6–25.5) vs. 24.3 (22.1–27.8) kg/m2 ; p = 0.017], higher dialysis vintage [108 (48–183) vs. 71 (28–132) months; p = 0.002], presented pruritus [23 (24%) vs. 20 (11%); p= 0.005], tendon rupture [7 (7%) vs. 3 (2%); p = 0.03) and bone pain [2 (0–3) vs. 0 (0–3) units; p = 0.02]. Logistic regression reveals that prior bone Al accumulation [OR: 4.517 (CI: 1.176–17.353); p = 0.03] and dialysis vintage [OR: 1.003 (CI: 1.000–1.007); p = 0.046] as independent determinants of bone Al accumulation; minor perturbations in dynamic bone parameters and no differences in bone fractures rate were noted; MACE was more prevalent in patients with bone Al accumulation [21 (34%) vs. 23 (18%) events; p = 0.016]. Cox regression shows the actual/prior diagnosis of bone Al accumulation and diabetes mellitus as independent predictors for MACE: [HR = 3.129 (CI: 1.439–6.804; p = 0.004) and HR = 2.785 (CI: 1.120–6.928; p = 0.028]. Conclusions: ROD subtypes are not related to the incidence of adverse clinical outcomes. A high proportion of patients were diagnosed with OF and ABD, as well as osteoporosis, vascular calcifications and symptoms. An elevated proportion of patients have bone Al accumulation, associated with a greater prevalence of bone pain, tendon rupture, and pruritus; bone Al accumulation was associated with minor perturbations in renal osteodystrophy; actual/prior diagnosis of bone Al accumulation and diabetes mellitus were independent predictors for MACEDoutoradoClínica MédicaDoutora em Ciências[s.n.]Oliveira, Rodrigo Bueno de, 1975-Mazzali, MarildaRibeiro Alves, Maria Almerinda Vieira FernandesMoysés, Rosa Maria AffonsoFurukawa, Luzia Naoko ShinoharaUniversidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências MédicasPrograma de Pós-Graduação em Clínica MédicaUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASCarbonara, Cinthia Esbrile Moraes, 1985-20232023-08-10T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdf1 recurso online (78 p.) : il., digital, arquivo PDF.https://hdl.handle.net/20.500.12733/13382CARBONARA, Cinthia Esbrile Moraes. Desfechos clínicos em portadores de osteodistrofia renal: dados do Registro Brasileiro de Biópsias Ósseas (REBRABO). 2023. 1 recurso online (78 p.) Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/13382. Acesso em: 15 mai. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/1362685Requisitos do sistema: Software para leitura de arquivo em PDFporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-10-27T15:56:25Zoai::1362685Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/tese/oai.aspsbubd@unicamp.bropendoar:2023-10-27T15:56:25Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false
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