Deficiência de vitamina A e fatores associados em crianças de 6 a 59 meses de idade no Brasil : PNDS 2006

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Alves, Ana Luisa Sant'Anna
Orientador(a): Neutzling, Marilda Borges
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/127390
Resumo: A Deficiência de Vitamina A (DVA) é considerado um problema de saúde pública em diversos países. No Brasil, esse problema atinge todas as regiões em diferentes magnitudes. A Organização Mundial da Saúde recomenda a realização de estudos sobre base populacional com os objetivos de se estimar a prevalência da DVA, de definir intervenções, de monitorar as tendências da população e o impacto dos programas de intervenção ao longo do tempo. São considerados grupos vulneráveis à DVA: as gestantes e crianças jovens residentes em países em desenvolvimento. A pesquisa aqui realizada tem como objetivo contribuir para o esclarecimento dos fatores associados à Deficiência de Vitamina A no Brasil. Para isso, foram analisados os dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher. A população investigada foram crianças de 6 a 59 meses de idades (n=4.322) com dados sobre nível de retinol sérico. A associação entre deficiência de Vitamina A e as variáveis socioeconômicas, demográficas e de saúde foram analisadas no software SPSS através de análises complexas e da regressão logística. Na análise global não ajustada, incluindo todas as regiões, as variáveis associadas (p<0,05) à DVA foram a maior idade materna, macrorregião de residência (Sudeste e Nordeste) e situação de domicílio (urbano). Após o ajuste, se mantiveram associadas significativamente as variáveis maior idade materna e macrorregião de domicílio (Sudeste e Nordeste). Na análise ajustada, estratificada por regiões, houve modificação dos fatores associados. A região Centro-oeste não apresentou associação entre a deficiência de vitamina A e as variáveis investigadas. Na região Sudeste os fatores associados ao desfecho foram a maior idade materna, residir na zona urbana e crianças com risco para sobrepeso/sobrepeso/obesidade. Na região Nordeste a menor razão de chances foi associada ao menor tempo de aleitamento materno e mães com cor de pele não branca. Na região Sul somente as mães de cor de pele não branca apresentaram associação com a deficiência de vitamina A e, por fim, na região Norte a maior idade materna estava a associada a DVA. Na associação entre IA e DVA, tanto na análise bruta como na análise ajustada não foram observadas associações significativas. No entanto, a prevalência de DVA foi maior nas categorias de Insegurança Alimentar Grave e Leve quando comparado com a segurança alimentar. Os dados analisados mostram que no Brasil a DVA varia de leve a grave problema de saúde pública e os fatores associados são diferentes entre as macrorregiões, portanto estratégias preconizadas pela Organização Mundial da Saúde devem ser levadas em consideração na elaboração de políticas públicas adequadas a cada região.
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A população investigada foram crianças de 6 a 59 meses de idades (n=4.322) com dados sobre nível de retinol sérico. A associação entre deficiência de Vitamina A e as variáveis socioeconômicas, demográficas e de saúde foram analisadas no software SPSS através de análises complexas e da regressão logística. Na análise global não ajustada, incluindo todas as regiões, as variáveis associadas (p<0,05) à DVA foram a maior idade materna, macrorregião de residência (Sudeste e Nordeste) e situação de domicílio (urbano). Após o ajuste, se mantiveram associadas significativamente as variáveis maior idade materna e macrorregião de domicílio (Sudeste e Nordeste). Na análise ajustada, estratificada por regiões, houve modificação dos fatores associados. A região Centro-oeste não apresentou associação entre a deficiência de vitamina A e as variáveis investigadas. Na região Sudeste os fatores associados ao desfecho foram a maior idade materna, residir na zona urbana e crianças com risco para sobrepeso/sobrepeso/obesidade. Na região Nordeste a menor razão de chances foi associada ao menor tempo de aleitamento materno e mães com cor de pele não branca. Na região Sul somente as mães de cor de pele não branca apresentaram associação com a deficiência de vitamina A e, por fim, na região Norte a maior idade materna estava a associada a DVA. Na associação entre IA e DVA, tanto na análise bruta como na análise ajustada não foram observadas associações significativas. No entanto, a prevalência de DVA foi maior nas categorias de Insegurança Alimentar Grave e Leve quando comparado com a segurança alimentar. Os dados analisados mostram que no Brasil a DVA varia de leve a grave problema de saúde pública e os fatores associados são diferentes entre as macrorregiões, portanto estratégias preconizadas pela Organização Mundial da Saúde devem ser levadas em consideração na elaboração de políticas públicas adequadas a cada região.The Vitamin A Deficiency (VAD) is considered a public health issue in many countries. In Brazil, this problem affects all theregions in different magnitudes. The World Health Organization recommends conducting studies on population basis with the objective of estimating the prevalence of VAD, to define interventions, to monitor population trends and the impact of intervention programs over time. Considered vulnerable groups to DVAare pregnant women and young children living in developing countries. The research performed here aims to contribute to understand the factors associated with Vitamin A Deficiency in Brazil. To do so, data from the National Survey of Demography and Health of Children and Women were analyzed. The investigated population were children 6-59 months of age (n = 4,322) with data on level of serum retinol. The association between vitamin A deficiency and socioeconomic, demographic and health variables were analyzed using SPSS software through complex analysis and logistic regression. In the overall unadjusted analysis, including all regions, the variables associated (p <0.05) to the DVA were higher maternal age, macro-region (Southeast and Northeast) and household situation (urban). After adjustment, remained significantly associated variables higher maternal age and address macro-region (Southeast and Northeast). In the adjusted analysis stratified by region, there was modification on the associated factors. The Midwest region showed no association between vitamin A deficiency and the investigated variables. In the Southeast, factors associated with outcome were higher maternal age; reside in urban areas and children at risk for overweight / overweight / obesity. In the Northeast the lowest odds ratio was associated with shorter duration of breastfeeding and mothers with nonwhite skin color. In the South, only non-white skin color mothers were associated with vitamin A deficiency, and finally, the northern region most maternal age was associated with VAD. The association between IA and DVA, both in the crude analysis as in the adjusted analysis significant associations were observed. However, the prevalence of VAD was higher in the categories of Food Insecurity Record and Take compared to food security. The data analyzed show that in Brazil the DVA varies from mild to severe public health problem and associated factors differ among regions, so strategies recommended by the World Health Organization should be taken into account in the design of appropriate policies to each region.application/pdfporVitamina ADeficiencia de vitamina ASaúde da criançaSegurança alimentarVitamin AVitamin A deficiencyChild healthFood securityDeficiência de vitamina A e fatores associados em crianças de 6 a 59 meses de idade no Brasil : PNDS 2006info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em EpidemiologiaPorto Alegre, BR-RS2014doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000973186.pdf.txt000973186.pdf.txtExtracted Texttext/plain239674http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/127390/2/000973186.pdf.txt0647561c9fac61134f8e8530f7a1d52eMD52ORIGINAL000973186.pdf000973186.pdfTexto completoapplication/pdf720003http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/127390/1/000973186.pdf07e1f5ae5f7d05ed2ef2691cd48701e6MD5110183/1273902023-08-26 03:36:26.772568oai:www.lume.ufrgs.br:10183/127390Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-08-26T06:36:26Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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