Avaliação do perfil farmacoterapêutico e da adesão à Farmacoterapia por pacientes em hemodiálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Bertussi, Ramone do Amaral
Orientador(a): Gnatta, Diego
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/259611
Resumo: Pacientes em hemodiálise costumam apresentar diversas comorbidades, refletindo na necessidade de uso de múltiplos medicamentos. Nessa população, a baixa adesão à farmacoterapia está diretamente relacionada ao aumento de hospitalizações e mortalidade, o que demonstra a importância de se conhecer os fatores contribuintes para a não adesão. O objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil de utilização de medicamentos e a prevalência de adesão à farmacoterapia por pacientes em hemodiálise, além de identificar barreiras e fatores associados à não adesão. Realizou-se um estudo do tipo transversal no período de março a dezembro de 2022. Foram incluídos pacientes adultos de um serviço de hemodiálise que utilizavam ao menos um medicamento de forma contínua, e que aceitaram participar do estudo após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (parecer CEP 5.359.881). Os participantes foram submetidos a três questionários, sendo o primeiro para coleta de dados clínicos e sociodemográficos, o segundo para avaliação da adesão (Brief Medication Questionnaire – BMQ) e o terceiro para determinação do nível de cognição (Mini- Exame do Estado Mental – MEEM). Outros dados foram extraídos dos prontuários. Quando avaliada a aplicação do instrumento BMQ, 3,0% dos participantes foram classificados como alta adesão, 12,2% como provável alta, 46,9% como provável baixa e 37,7% como baixa adesão. A média de medicamentos domiciliares foi de 5,0 (±2,5) por paciente, e a média de medicamentos totais (incluindo os aplicados na própria clínica de hemodiálise) foi de 6,3 (±2,7) por paciente. As classes terapêuticas mais prevalentes foram as do grupo C (sistema cardiovascular – 29,0%), seguidas do grupo B (sangue e órgãos hematopoiéticos – 27,6%) e grupo A (sistema digestivo e metabolismo – 25,0%). Os locais mais utilizados para acessar os medicamentos foram as farmácias das unidades básicas de saúde (64,3% dos participantes) e 58,1% dos participantes precisavam buscar mais de um local para acessar todos os seus medicamentos. Foi possível identificar a contribuição negativa de características da farmacoterapia, como a presença de polifarmácia e o uso de medicamentos de regime complexo (como os quelantes de fósforo). O nível de cognição não mostrou influência significativa nos níveis de adesão. Devido à alta prevalência de não adesão é possível salientar a importância da implementação de medidas para a correção desse problema, principalmente quando se trata de uma doença de alta morbimortalidade e do alto custo implicado para o sistema de saúde.
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Os participantes foram submetidos a três questionários, sendo o primeiro para coleta de dados clínicos e sociodemográficos, o segundo para avaliação da adesão (Brief Medication Questionnaire – BMQ) e o terceiro para determinação do nível de cognição (Mini- Exame do Estado Mental – MEEM). Outros dados foram extraídos dos prontuários. Quando avaliada a aplicação do instrumento BMQ, 3,0% dos participantes foram classificados como alta adesão, 12,2% como provável alta, 46,9% como provável baixa e 37,7% como baixa adesão. A média de medicamentos domiciliares foi de 5,0 (±2,5) por paciente, e a média de medicamentos totais (incluindo os aplicados na própria clínica de hemodiálise) foi de 6,3 (±2,7) por paciente. As classes terapêuticas mais prevalentes foram as do grupo C (sistema cardiovascular – 29,0%), seguidas do grupo B (sangue e órgãos hematopoiéticos – 27,6%) e grupo A (sistema digestivo e metabolismo – 25,0%). Os locais mais utilizados para acessar os medicamentos foram as farmácias das unidades básicas de saúde (64,3% dos participantes) e 58,1% dos participantes precisavam buscar mais de um local para acessar todos os seus medicamentos. Foi possível identificar a contribuição negativa de características da farmacoterapia, como a presença de polifarmácia e o uso de medicamentos de regime complexo (como os quelantes de fósforo). O nível de cognição não mostrou influência significativa nos níveis de adesão. Devido à alta prevalência de não adesão é possível salientar a importância da implementação de medidas para a correção desse problema, principalmente quando se trata de uma doença de alta morbimortalidade e do alto custo implicado para o sistema de saúde.Patients on hemodialysis often have several comorbidities, reflecting the need to use multiple medications. In this population, poor adherence to pharmacotherapy is directly related to increased hospitalizations and mortality, which demonstrates the importance of knowing the factors contributing to non-adherence. The objective of this study was to evaluate the profile of drug use and the prevalence of adherence to pharmacotherapy by patients on hemodialysis, in addition to identifying barriers and factors associated with non-adherence. A cross-sectional study was carried out from March to December 2022. Adult patients from a hemodialysis service who used at least one medication continuously, and who agreed to participate in the study after signing the Term of Free Consent and Clarified (Report CEP 5,359,881). Participants were submitted to three questionnaires, the first to collect clinical and sociodemographic data, the second to assess adherence (Brief Medication Questionnaire - BMQ) and the third to determine the level of cognition (Mini-Mental State Examination - MMSE). Other data were extracted from the medical records. When evaluating the application of the BMQ instrument, 3.0% of the participants were classified as high adherence, 12.2% as likely high, 46.9% as likely low and 37.7% as low adherence. The average of home medications was 5.0 (±2.5) per patient, and the average of total medications (including those administered at the hemodialysis clinic itself) was 6.3 (±2.7) per patient. The most prevalent therapeutic classes were those in group C (cardiovascular system – 29.0%), followed by group B (blood and hematopoietic organs – 27.6%) and group A (digestive system and metabolism – 25.0%). The most used places to access the medicines were the pharmacies of the basic health units (64.3% of the participants) and 58.1% of the participants needed to look for more than one place to access all their medicines. It was possible to identify the negative contribution of pharmacotherapy characteristics, such as the presence of polypharmacy and the use of complex regimen medications (such as phosphorus binders). The level of cognition did not show a significant influence on adherence levels. Due to the high prevalence of nonadherence, it is possible to highlight the importance of implementing measures to correct this problem, especially when it comes to a disease with high morbidity and mortality and the high cost involved for the health system.application/pdfporFalência renal crônicaAdesão à medicaçãoDiálise renalPolimedicaçãoItinerário terapêuticoCogniçãoChronic kidney failureMedication adherenceRenal dialysisCognitionPolypharmacyTherapeutic itineraryAvaliação do perfil farmacoterapêutico e da adesão à Farmacoterapia por pacientes em hemodiáliseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de FarmáciaPrograma de Pós-Graduação em Assistência FarmacêuticaPorto Alegre, BR-RS2023mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001170426.pdf.txt001170426.pdf.txtExtracted Texttext/plain70093http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/259611/2/001170426.pdf.txtc6029cc67553bb64641237b18a024dc8MD52ORIGINAL001170426.pdfTexto parcialapplication/pdf4333916http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/259611/1/001170426.pdfc14f8146dc283c5747b252b96b481bf2MD5110183/2596112023-06-30 03:31:57.875383oai:www.lume.ufrgs.br:10183/259611Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-06-30T06:31:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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