Fragmentos de pessoa e a vida em demência : etnografia dos processos demenciais em torno da doença de Alzheimer
Ano de defesa: | 2013 |
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Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
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Link de acesso: | http://hdl.handle.net/10183/76245 |
Resumo: | Esta dissertação visa lançar uma perspectiva antropológica sobre a Doença de Alzheimer (DA). Ela está baseada na simetrização de processos sociais e orgânicos que ocorrem em pessoas com e sem DA. Alguns impasses são criados a partir desse posicionamento diante de uma doença. Dentre eles, as definições da doença dadas por diversos interlocutores, as formas de cuidado e tratamento da DA atualmente praticados e as relações do doente com outros seres não-humanos existentes no processo de adoecimento são pontos de vista reversos que impulsionam as questões centrais dessa etnografia. Uma delas trata sobre a possível inclusão do doente de DA no círculo de interlocutores de uma etnografia. Essas perguntas de pesquisa inventam um circuito de produção de incertezas e controvérsias sobre a prática etnográfica. Os efeitos desses problemas mostram um rearranjo das formas de cuidado, da organização do cotidiano e da vida do doente. A hipótese levantada por essa dissertação sugestiona que as produções de saberes sobre a DA estejam recriando conceitos de “pessoa” em sociedades ocidentais. Sobre o termo “processo demencial” será traçada essa perspectiva que se inicia em um grupo de apoio a cuidadores (Associação Brasileira de Alzheimer) e fragmenta-se, por exemplo, no problema da diferença e nos processos de “molecularização da vida”, como diria Nikolas Rose. Baseando-se no pensamento de Gilles Deleuze e Félix Guattari, esse trabalho irá propor uma perspectiva “nômade” sobre uma demência ao seguir as linhas que socializam uma multiplicidade de elementos e fatores que a compõem. Para produzir essa “nomadologia” foi preciso interelacionar conceitos de antropólogos como Bruno Latour, Tim Ingold e Roy Wagner. Tendo em vista a amplitude dos problemas de pesquisa lançados, essa dissertação não tem a pretensão de encontrar “soluções” para as problematizações que lança mas sim de pensar seus efeitos. |
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Vianna, Luciano von der GoltzRohden, Fabiola2013-07-26T01:45:41Z2013http://hdl.handle.net/10183/76245000885444Esta dissertação visa lançar uma perspectiva antropológica sobre a Doença de Alzheimer (DA). Ela está baseada na simetrização de processos sociais e orgânicos que ocorrem em pessoas com e sem DA. Alguns impasses são criados a partir desse posicionamento diante de uma doença. Dentre eles, as definições da doença dadas por diversos interlocutores, as formas de cuidado e tratamento da DA atualmente praticados e as relações do doente com outros seres não-humanos existentes no processo de adoecimento são pontos de vista reversos que impulsionam as questões centrais dessa etnografia. Uma delas trata sobre a possível inclusão do doente de DA no círculo de interlocutores de uma etnografia. Essas perguntas de pesquisa inventam um circuito de produção de incertezas e controvérsias sobre a prática etnográfica. Os efeitos desses problemas mostram um rearranjo das formas de cuidado, da organização do cotidiano e da vida do doente. A hipótese levantada por essa dissertação sugestiona que as produções de saberes sobre a DA estejam recriando conceitos de “pessoa” em sociedades ocidentais. Sobre o termo “processo demencial” será traçada essa perspectiva que se inicia em um grupo de apoio a cuidadores (Associação Brasileira de Alzheimer) e fragmenta-se, por exemplo, no problema da diferença e nos processos de “molecularização da vida”, como diria Nikolas Rose. Baseando-se no pensamento de Gilles Deleuze e Félix Guattari, esse trabalho irá propor uma perspectiva “nômade” sobre uma demência ao seguir as linhas que socializam uma multiplicidade de elementos e fatores que a compõem. Para produzir essa “nomadologia” foi preciso interelacionar conceitos de antropólogos como Bruno Latour, Tim Ingold e Roy Wagner. Tendo em vista a amplitude dos problemas de pesquisa lançados, essa dissertação não tem a pretensão de encontrar “soluções” para as problematizações que lança mas sim de pensar seus efeitos.This dissertation aims to launch an anthropological perspective on Alzheimer's Disease (AD). It is based on simetrization of organic and social processes that occur in people with and without AD. Some deadlocks are created from that position before a disease. Among them, the definitions of the disease given by various interlocutors, forms of care and treatment of AD currently practiced and patient relationships with other non-human beings exist in the disease process are reverse viewpoints that drive the central questions of this ethnography. One deals with the possible inclusion of patients with AD in the circle of interlocutors from ethnography. These research questions invent a circuit of uncertainties and controversies about the ethnographic practice. The effects of these problems show a rearrangement of forms of care, the organization of daily life and the life of the patient. The hypothesis for this dissertation suggests that the production of knowledge about the DA are recreating concepts of "person" in occidental societies. About the term "dementia process" will be drawn this perspective that begins in a support group for caregivers (Brazilian Association of Alzheimer) and fragments, for example, the problem of difference and processes "molecularisation of life", as Nikolas Rose would say. Based on the thought of Gilles Deleuze and Félix Guattari, this paper will propose a perspective "nomad" on a dementia to socialize following the lines that a multiplicity of factors and elements that compose it. To produce this "nomadology" was necessary interelacionar concepts of anthropologists such as Bruno Latour, Tim Ingold and Roy Wagner. Given the breadth of research problems launched, this dissertation does not claim to find "solutions" to the problematizations that throws but think of its effects.application/pdfporAntropologia socialAntropologia da saúdeDemênciaDoença de AlzheimerPessoa humanaEtnografiaCuidadoresVulnerabilidadeDementiaThe notion of personCaregiversAlzheimer's diseaseAnthropological theoryFragmentos de pessoa e a vida em demência : etnografia dos processos demenciais em torno da doença de Alzheimerinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Filosofia e Ciências HumanasPrograma de Pós-Graduação em Antropologia SocialPorto Alegre, BR-RS2013mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000885444.pdf000885444.pdfTexto completoapplication/pdf1042152http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/76245/1/000885444.pdfc6e8e2083a130a5016e8228df0c386c9MD51TEXT000885444.pdf.txt000885444.pdf.txtExtracted Texttext/plain483628http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/76245/2/000885444.pdf.txt3c75ff243d7b1362763b769d6d5f42d3MD52THUMBNAIL000885444.pdf.jpg000885444.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1095http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/76245/3/000885444.pdf.jpgf0223662c7cbc9faf2a2f0acb4a2ad0cMD5310183/762452021-12-06 05:43:35.928107oai:www.lume.ufrgs.br:10183/76245Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532021-12-06T07:43:35Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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