Estrutura da demanda e da oferta de dados para o planejamento educacional : um estudo de caso

• Ano de defesa: 1979
• Autor(a) principal: Silva, Petronilha Beatriz Gonçalves e
• Orientador(a): Ferraro, Alceu Ravanello
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Planejamento educacional; Administração pública estadual; Rio Grande do Sul
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/264074

Este estudo teve por objetivo conhecer o desempenho do sistema de informações educacionais da Secretaria de Educação e Cultura do Rio Grande do Sul, no que diz respeito ao processo de obtenção de dados para o planejamento. Utilizou-se para tal o modelo de processo de comunicação de BERLO e mediu-se a concordância/discrepância entre a estrutura da demanda e a estrutura da oferta de dados a partir dos critérios de conteúdo e prazo. Foram sujeitos 131 solicitações feitas por 14 órgãos da SEC/RS,em fichas de Perfil de Usuários ou oficio, em dezembro de 1977, com a finalidade de realizar atividades de planejamento ou delas decorrentes, e 101 respostas a esses pedidos. Os resultados mostraram acentuada concordância de conteúdo e marcante discrepância de prazo entre estrutura da demanda e estrutura da oferta de dados para o planejamento. Enquanto as solicitações sobre estabelecimentos de ensino obtiveram o maior número de respostas em concordância de conteúdo, as relativas a aluno receberam com mais freqüência respostas discrepantes, e muitas das relacionadas com aspectos culturais, sistema de ensino e sistema amplo em que está inserido o sistema de ensino ficaram sem resposta. A discrepância de prazo está ligada a procedimentos eletrônicos para elaboração de respostas e à não-utilização de linguagem do agente nas solicitações. Tanto a discrepância de conteúdo como a de prazo ocorreram, com freqüência, em casos de dados raramente ou pela primeira vez solicitados. As solicitações foram feitas principalmente com o objetivo de realizar diagnóstico, elaborar projetos, implantar e/ou implementar ações. Observou-se variação muito grande de uso da linguagem do agente por parte dos usuários; altos índices de não-utilização da linguagem do agente não correspenderam necessariamente a baixos índices de obtenção de respostas. Não uso da linguagem do agente, em muitos casos, coincidiu com inexistência do dado solicitado, ou com dados existentes, mas jamais elaborados dentro dos padrões agora solicitados. Os usuários menos atendidos buscavam dados a respeito de áreas pouco exploradas. Constatou-se que o agente (Unidade de Informática da SUT/SEC/RS) elaborou a quase totalidade das respostas, recorreu a outros órgãos e instituições para fornecer dados que não possuia, atendeu a 77,1% das solicitações feitas, conversou com o usuário sempre que este utilizou a linguagem diferente da sua ou expressou seu pedido com pouca clareza. Com base nos resultados se fizeram algumas sugestões de medidas para aperfeiçoar o processo de obtenção de dados para o planejamento, no sistema de informações educacionais da SEC/RS, e de estudos que poderão complementar esta investigação.