Práticas de correção e aprendizagem: produção de subjetividades na contemporaneidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Morgenstern, Juliane Marschall
Orientador(a): Lopes, Maura Corcini
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/5264
Resumo: Ao tomar como referência os crescentes programas de correção de fluxo idade-série e de Aceleração da Aprendizagem atualmente divulgados no Brasil, a presente pesquisa propõe-se problematizar como operam as práticas de correção e seus efeitos no mundo contemporâneo. Mais especificamente, é analisado o funcionamento das práticas de correção e seus efeitos no âmbito da educação brasileira. Embora o conjunto de materiais mobilizados para a elaboração desta tese tenha sido bastante amplo, para a realização da investigação o corpus foi formado a partir dos materiais didáticos e da sistematização de programas de correção de fluxo escolar que atuam pela aceleração da aprendizagem, produzidos no Brasil, a partir da década de 1990. Também compõem o corpus, vinte depoimentos escritos de sujeitos que integram as atividades dos programas e discutem suas experiências. Constatou-se um deslocamento nos modos de praticar a correção nas últimas décadas, cuja centralidade se volta à regulação do fluxo escolar e não mais a uma ortopedia do corpo individual. As análises conduziram a investigação para a proveniência das práticas corretivas num contexto temporalmente mais amplo, a qual se efetivou por meio de uma historicização de inspiração genealógica. Ao traçar um mapa panorâmico, foram encontradas quatro ênfases de atuação distintas no que se refere à finalidade (télos) dos modos de correção. A primeira ênfase está localizada no contexto da Antiguidade Pagã; a segunda ênfase é encontrada na Antiguidade Cristã; a terceira, nos desdobramentos das tecnologias disciplinares instauradas na Modernidade; a quarta ênfase concerne à atuação das tecnologias de seguridade, cuja evidência é visível na Contemporaneidade. Constatou-se ainda, que no seu modo de funcionamento, as práticas corretivas contemporâneas convergem com a constituição de uma subjetividade aprendente (Homo discentis), produzida na passagem do século XIX para o século XX. Nas condições de uma aprendizagem ao longo da vida, há um redirecionamento nas práticas de correção, cuja proeminência se direciona à construção de subjetividades que se tornem autorrealizáveis. Ficou visível a produtividade dessas práticas ao posicionarem o aprendente em determinadas condições, produzindo-o como uma subjetividade investida de aceleração. Compreendeu-se que o indivíduo subjetivado para a aprendizagem permanente deve ser capaz de corrigir-se em qualquer circunstância e em qualquer momento, de modo a se ajustar a um mundo no qual a mudança é constante. Tal como a possibilidade de agir sobre si mesmo e de ser ativo colocou-se como condição que sempre esteve presente nas ações praticadas pelos alunos, a esses também esteve implicada a condição de ser corrigido ou de se corrigir. Analisou-se que a correção está presente como algo permanente e necessário na constituição de uma subjetividade aprendente.
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spelling 2016-05-18T13:35:10Z2016-05-18T13:35:10Z2016-02-25Submitted by Silvana Teresinha Dornelles Studzinski (sstudzinski) on 2016-05-18T13:35:10Z No. of bitstreams: 1 Juliane Marschall Morgenstern_.pdf: 3278283 bytes, checksum: 32301cea817906acfc2b7ad1d41ece66 (MD5)Made available in DSpace on 2016-05-18T13:35:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Juliane Marschall Morgenstern_.pdf: 3278283 bytes, checksum: 32301cea817906acfc2b7ad1d41ece66 (MD5) Previous issue date: 2016-02-25Ao tomar como referência os crescentes programas de correção de fluxo idade-série e de Aceleração da Aprendizagem atualmente divulgados no Brasil, a presente pesquisa propõe-se problematizar como operam as práticas de correção e seus efeitos no mundo contemporâneo. Mais especificamente, é analisado o funcionamento das práticas de correção e seus efeitos no âmbito da educação brasileira. Embora o conjunto de materiais mobilizados para a elaboração desta tese tenha sido bastante amplo, para a realização da investigação o corpus foi formado a partir dos materiais didáticos e da sistematização de programas de correção de fluxo escolar que atuam pela aceleração da aprendizagem, produzidos no Brasil, a partir da década de 1990. Também compõem o corpus, vinte depoimentos escritos de sujeitos que integram as atividades dos programas e discutem suas experiências. Constatou-se um deslocamento nos modos de praticar a correção nas últimas décadas, cuja centralidade se volta à regulação do fluxo escolar e não mais a uma ortopedia do corpo individual. As análises conduziram a investigação para a proveniência das práticas corretivas num contexto temporalmente mais amplo, a qual se efetivou por meio de uma historicização de inspiração genealógica. 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Ficou visível a produtividade dessas práticas ao posicionarem o aprendente em determinadas condições, produzindo-o como uma subjetividade investida de aceleração. Compreendeu-se que o indivíduo subjetivado para a aprendizagem permanente deve ser capaz de corrigir-se em qualquer circunstância e em qualquer momento, de modo a se ajustar a um mundo no qual a mudança é constante. Tal como a possibilidade de agir sobre si mesmo e de ser ativo colocou-se como condição que sempre esteve presente nas ações praticadas pelos alunos, a esses também esteve implicada a condição de ser corrigido ou de se corrigir. Analisou-se que a correção está presente como algo permanente e necessário na constituição de uma subjetividade aprendente.Taking as reference the growing programs of age-grade flow correction and Accelerated Learning currently disclosed in Brazil, this research aims to discuss how the correction practices operate and their effects on contemporary world. More specifically, the operation of correction practices and their effects are analyzed in the Brazilian education nowadays. Although the materials mobilized for the preparation of this Thesis has been quite broad, to carry out the research the corpus was composed from the teaching materials and the systematization of school flow programs that work for accelerated learning, produced in Brazil, since the 1990s. Twenty depositions of subjects that integrate program activities and discuss their experiences also make up the corpus. It was found a shift in the ways of correction practices in recent decades, whose centrality turns to the regulation of school flow and not to an individual body orthopedics. Analyses conducted the investigation for the descent of corrective practices in a temporally broader context, which was accomplished through a historicizing of genealogical inspiration. In tracing a panoramic map, were found four distinct acting emphases with regard to the purpose (télos) of the correction modes. The first emphasis is located in the context of Pagan Antiquity; the second emphasis is found in Christian Antiquity; the third, in the unfolding of the disciplinary technologies introduced in Modernity; and the fourth emphasis concerns the actions of security technologies, whose evidence is visible in Contemporaneity. It found also that, in its mode of operation, the contemporary corrective practices converge with the creation of a learning subjectivity (Homo discentis), produced in the late 19th century to the 20th century. Under the conditions of learning through life (lifelong learning), there is a redirecting on correction practices, whose prominence is directed to the construction of subjectivities that become self-fulfilling. The productivity of these practices became visible when positioning the learner under certain conditions, producing him as a subjectivity invested by acceleration. Thus, it was found that the individual subjectivized to lifelong learning should be able to correct itself in any circumstances and at any time, in order to adjust himself to a world where change is constant. Such as the possibility to act on itself and being active is put as a condition that has always been present in the actions practiced by students, to these students was also implicated the condition to be corrected or to correct itself. It was found that the correction is present as something permanent and necessary in the constitution of a learning subjectivity.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorPROEX - Programa de Excelência AcadêmicaMorgenstern, Juliane Marschallhttp://lattes.cnpq.br/1541706868699880http://lattes.cnpq.br/3876751682370290Lopes, Maura CorciniUniversidade do Vale do Rio dos SinosPrograma de Pós-Graduação em EducaçãoUnisinosBrasilEscola de HumanidadesPráticas de correção e aprendizagem: produção de subjetividades na contemporaneidadeACCNPQ::Ciências Humanas::EducaçãoPráticas de correçãoSubjetivaçãoGovernamentalidadeAprendizagemCorrection practicesSubjectivationGovernmentalityLearninginfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttp://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/5264info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos)instname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)instacron:UNISINOSORIGINALJuliane Marschall Morgenstern_.pdfJuliane Marschall Morgenstern_.pdfapplication/pdf3278283http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/5264/1/Juliane+Marschall+Morgenstern_.pdf32301cea817906acfc2b7ad1d41ece66MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82099http://repositorio.jesuita.org.br/bitstream/UNISINOS/5264/2/license.txte130fff006551e19abf270f718b7ab21MD52UNISINOS/52642016-05-18 10:36:09.603oai:www.repositorio.jesuita.org.br:UNISINOS/5264Ck5PVEE6IENPTE9RVUUgQVFVSSBBIFNVQSBQUj9QUklBIExJQ0VOP0EKCkVzdGEgbGljZW4/YSBkZSBleGVtcGxvID8gZm9ybmVjaWRhIGFwZW5hcyBwYXJhIGZpbnMgaW5mb3JtYXRpdm9zLgoKTGljZW4/YSBERSBESVNUUklCVUk/P08gTj9PLUVYQ0xVU0lWQQoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhPz9vIGRlc3RhIGxpY2VuP2EsIHZvYz8gKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlID8gClVuaXZlcnNpZGFkZSBkbyBWYWxlIGRvIFJpbyBkb3MgU2lub3MgKFVOSVNJTk9TKSBvIGRpcmVpdG8gbj9vLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgCmRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgdGVzZSBvdSBkaXNzZXJ0YT8/byAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0cj9uaWNvIGUgCmVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyBmb3JtYXRvcyA/dWRpbyBvdSB2P2Rlby4KClZvYz8gY29uY29yZGEgcXVlIGEgU2lnbGEgZGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGU/ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGE/P28gCnBhcmEgcXVhbHF1ZXIgbWVpbyBvdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YT8/by4KClZvYz8gdGFtYj9tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBhIFNpZ2xhIGRlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjP3BpYSBhIHN1YSB0ZXNlIG91IApkaXNzZXJ0YT8/byBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbj9hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmE/P28uCgpWb2M/IGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGE/P28gPyBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSB2b2M/IHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIApuZXN0YSBsaWNlbj9hLiBWb2M/IHRhbWI/bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcD9zaXRvIGRhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhPz9vIG4/bywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IApjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1P20uCgpDYXNvIGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGE/P28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvYz8gbj9vIHBvc3N1aSBhIHRpdHVsYXJpZGFkZSBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHZvYz8gCmRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3M/byBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXJhIGNvbmNlZGVyID8gU2lnbGEgZGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIApvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW4/YSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0PyBjbGFyYW1lbnRlIAppZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250ZT9kbyBkYSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhPz9vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFRFU0UgT1UgRElTU0VSVEE/P08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9DP05JTyBPVSAKQVBPSU8gREUgVU1BIEFHP05DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyBPUkdBTklTTU8gUVVFIE4/TyBTRUpBIEEgU0lHTEEgREUgClVOSVZFUlNJREFERSwgVk9DPyBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVM/TyBDT01PIApUQU1CP00gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQT8/RVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCkEgU2lnbGEgZGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSAKZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhPz9vLCBlIG4/byBmYXI/IHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYT8/bywgYWw/bSBkYXF1ZWxhcyAKY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbj9hLgo=Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.repositorio.jesuita.org.br/oai/requestopendoar:2016-05-18T13:36:09Repositório Institucional da UNISINOS (RBDU Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)false
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