\"Em literatura pode-se dizer tudo\": poética do eu, ontologia do não-limite e política da autoficção em Hervé Guibert, Christine Angot e Ricardo Lísias
Ano de defesa: | 2019 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-02032021-184510/ |
Resumo: | Esta tese analisa os projetos literários de Hervé Guibert e Christine Angot, dentro do sistema literário francês contemporâneo, no qual são classificados como autoficcionais, a ver: uma mescla indissociável de realidade e ficção, (auto)biografia e referências ao real. Parte-se, aqui, da análise das estratégias de persuasão do leitor, dentro do romance, no que depreende uma poética do eu calcada na indefinição ficcional de seu estatuto, para chegar à performance autoral dentro e fora do livro. A pesquisa se centra ainda na análise de Ricardo Lísias, autor brasileiro que importa um modelo de produção de escrita autoficcional, e suas estratégias de publicitação. Da análise dessa poética em sua especificidade (a homonímia, as referências ao real, a metaficção, o autocomentário) chega-se a uma defesa ontológica da especificidade da autoficção, a ver, a defesa de um discurso sobre o não-limite em literatura, realizada de forma espetacular dentro e fora do romance. Por fim, a análise aponta para as mudanças no jogo literário que implicam tais posições, ou seja, para as implicações reais, no mundo real do leitor, que a autoficção enseja. A autoficção age assim de forma política no mundo, uma política da literatura que altera a partilha do sensível e altera e o campo de forças do sistema literário. |
id |
USP_05a949585ddb1fe00e1d71d3cd97297f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:teses.usp.br:tde-02032021-184510 |
network_acronym_str |
USP |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
repository_id_str |
|
spelling |
\"Em literatura pode-se dizer tudo\": poética do eu, ontologia do não-limite e política da autoficção em Hervé Guibert, Christine Angot e Ricardo Lísias\"We can say anything in literature\": poetic of the self and politics of literature in autofiction in Hervé Guibert, Christine Angot and Ricardo LísiasAutoficçãoAutofictionChristine AngotChristine AngotEscrita de siHervé GuibertHervé GuibertJogo literárioLiterary gameLiterary systemPerformancePerformancePoética do euPoetics of the selfPolítica da literaturaPolitics of literatureProjeto literárioRicardo LísiasRicardo LísiasSelf-writingSistema literárioEsta tese analisa os projetos literários de Hervé Guibert e Christine Angot, dentro do sistema literário francês contemporâneo, no qual são classificados como autoficcionais, a ver: uma mescla indissociável de realidade e ficção, (auto)biografia e referências ao real. Parte-se, aqui, da análise das estratégias de persuasão do leitor, dentro do romance, no que depreende uma poética do eu calcada na indefinição ficcional de seu estatuto, para chegar à performance autoral dentro e fora do livro. A pesquisa se centra ainda na análise de Ricardo Lísias, autor brasileiro que importa um modelo de produção de escrita autoficcional, e suas estratégias de publicitação. Da análise dessa poética em sua especificidade (a homonímia, as referências ao real, a metaficção, o autocomentário) chega-se a uma defesa ontológica da especificidade da autoficção, a ver, a defesa de um discurso sobre o não-limite em literatura, realizada de forma espetacular dentro e fora do romance. Por fim, a análise aponta para as mudanças no jogo literário que implicam tais posições, ou seja, para as implicações reais, no mundo real do leitor, que a autoficção enseja. A autoficção age assim de forma política no mundo, uma política da literatura que altera a partilha do sensível e altera e o campo de forças do sistema literário.This thesis focuses on the literary projects of Hervé Guibert and Christine Angot within the contemporary French literary systems, where they are seen as autofictional. This means reality and fiction are mixed and thus impossible to dissociate. This thesis analyses the strategies of persuasion regarding the reader, inside and outside of the novel, from which emerges a poetics of the self, based in the indefinition of the fictional status of those narratives. The research also embraces the Brazilian author Ricardo Lísias, that imports a model of production of writing and its strategies of publicization from the French autoficcional system. From this poetics of the self (the onomastic aspect, the references to reality, metafiction, autocommentary), a defense of the specific ontology of autofiction is reached. It deals with the discourse of defense of the absence of limits (by the author, its narrator) in terms of literature, within and outside of the novel. Then our analysis points to the effective changes those positions inflict in the real world. Autofiction, thus, acts politically in the world, a \"politics of literature\" that alters the \"distribution of the sensible\" and the field of forces in the literary system.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPino, Claudia Consuelo AmigoVieira, Willian2019-06-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-02032021-184510/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-10-09T13:16:04Zoai:teses.usp.br:tde-02032021-184510Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-10-09T13:16:04Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
\"Em literatura pode-se dizer tudo\": poética do eu, ontologia do não-limite e política da autoficção em Hervé Guibert, Christine Angot e Ricardo Lísias \"We can say anything in literature\": poetic of the self and politics of literature in autofiction in Hervé Guibert, Christine Angot and Ricardo Lísias |
title |
\"Em literatura pode-se dizer tudo\": poética do eu, ontologia do não-limite e política da autoficção em Hervé Guibert, Christine Angot e Ricardo Lísias |
spellingShingle |
\"Em literatura pode-se dizer tudo\": poética do eu, ontologia do não-limite e política da autoficção em Hervé Guibert, Christine Angot e Ricardo Lísias Vieira, Willian Autoficção Autofiction Christine Angot Christine Angot Escrita de si Hervé Guibert Hervé Guibert Jogo literário Literary game Literary system Performance Performance Poética do eu Poetics of the self Política da literatura Politics of literature Projeto literário Ricardo Lísias Ricardo Lísias Self-writing Sistema literário |
title_short |
\"Em literatura pode-se dizer tudo\": poética do eu, ontologia do não-limite e política da autoficção em Hervé Guibert, Christine Angot e Ricardo Lísias |
title_full |
\"Em literatura pode-se dizer tudo\": poética do eu, ontologia do não-limite e política da autoficção em Hervé Guibert, Christine Angot e Ricardo Lísias |
title_fullStr |
\"Em literatura pode-se dizer tudo\": poética do eu, ontologia do não-limite e política da autoficção em Hervé Guibert, Christine Angot e Ricardo Lísias |
title_full_unstemmed |
\"Em literatura pode-se dizer tudo\": poética do eu, ontologia do não-limite e política da autoficção em Hervé Guibert, Christine Angot e Ricardo Lísias |
title_sort |
\"Em literatura pode-se dizer tudo\": poética do eu, ontologia do não-limite e política da autoficção em Hervé Guibert, Christine Angot e Ricardo Lísias |
author |
Vieira, Willian |
author_facet |
Vieira, Willian |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Pino, Claudia Consuelo Amigo |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Vieira, Willian |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Autoficção Autofiction Christine Angot Christine Angot Escrita de si Hervé Guibert Hervé Guibert Jogo literário Literary game Literary system Performance Performance Poética do eu Poetics of the self Política da literatura Politics of literature Projeto literário Ricardo Lísias Ricardo Lísias Self-writing Sistema literário |
topic |
Autoficção Autofiction Christine Angot Christine Angot Escrita de si Hervé Guibert Hervé Guibert Jogo literário Literary game Literary system Performance Performance Poética do eu Poetics of the self Política da literatura Politics of literature Projeto literário Ricardo Lísias Ricardo Lísias Self-writing Sistema literário |
description |
Esta tese analisa os projetos literários de Hervé Guibert e Christine Angot, dentro do sistema literário francês contemporâneo, no qual são classificados como autoficcionais, a ver: uma mescla indissociável de realidade e ficção, (auto)biografia e referências ao real. Parte-se, aqui, da análise das estratégias de persuasão do leitor, dentro do romance, no que depreende uma poética do eu calcada na indefinição ficcional de seu estatuto, para chegar à performance autoral dentro e fora do livro. A pesquisa se centra ainda na análise de Ricardo Lísias, autor brasileiro que importa um modelo de produção de escrita autoficcional, e suas estratégias de publicitação. Da análise dessa poética em sua especificidade (a homonímia, as referências ao real, a metaficção, o autocomentário) chega-se a uma defesa ontológica da especificidade da autoficção, a ver, a defesa de um discurso sobre o não-limite em literatura, realizada de forma espetacular dentro e fora do romance. Por fim, a análise aponta para as mudanças no jogo literário que implicam tais posições, ou seja, para as implicações reais, no mundo real do leitor, que a autoficção enseja. A autoficção age assim de forma política no mundo, uma política da literatura que altera a partilha do sensível e altera e o campo de forças do sistema literário. |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019-06-13 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-02032021-184510/ |
url |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-02032021-184510/ |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
|
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Liberar o conteúdo para acesso público. info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Liberar o conteúdo para acesso público. |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.coverage.none.fl_str_mv |
|
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
publisher.none.fl_str_mv |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br |
_version_ |
1818279161349799936 |