Limites e possibilidades no ensino de projeto de arquitetura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Kotchetkoff, Júlia Coelho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-23012017-105436/
Resumo: Este trabalho busca compreender e questionar a declaração, característica do período Moderno, de que Projeto de Arquitetura não se ensina, mas se aprende. Pretende entender as razões pelas quais fora proclamada e disseminada, e as chaves pelas quais pode ser contestada. Assim, a pesquisa almeja descobrir quais possibilidades existem ao ensino de Projeto de Arquitetura, em meio as suas limitações. Para tal, em uma primeira etapa o trabalho diferencia as noções de ensinar e aprender, pesquisando em fontes etimológicas, filosóficas e históricas. Tal etapa é necessária para que se compreenda os atributos que poderiam tornar algo aprendível, mas não ensinável. Também, para que se conheça os argumentos sob os quais se afirma uma imprescindível correlação entre os dois polos, de modo que tudo o que fosse possível de aprender também o fosse de ensinar. A segunda etapa do trabalho vasculha a história da instrução e do aprendizado da ação de projetar em arquitetura. Complementando as descobertas do capítulo anterior, essa passagem aponta motivos que basearam a declaração da impossibilidade do ensino, e, em contraposição a tal ato, apresenta diversas maneiras com que já se ensinou a projetar ao longo da história. Em um terceiro momento, que se apropria dos dois anteriores, a pesquisa lista aspectos que poderiam fundamentar a impossibilidade do ensino para arquitetura, e contraposições a eles. Firma-se, assim, um panorama de limites e possibilidades ao ensino de Projeto de Arquitetura. A fim de conferir e complementar tal cenário, no quarto momento utiliza-se um estudo de caso, composto de uma série de livros com temas vinculados ao ensino de projeto de arquitetura. Verificando aquilo ausente nas publicações constatou-se acerca das limitações, e analisando aquilo presente compreendeu-se e se explicou acerca das possibilidades ao ensino. Foram realizadas diversas classificações a fim de organizar estes dois campos, e assim surgiram as classes dos Conteúdos e das Capacidades. Dentro do primeiro campo, encontrou-se duas classes que tornam mais nítida a definição de arquitetura, e que conseguem esclarecer quais as dificuldades para a ação de projeto. Trata-se das Questões, a parcela verbalmente comunicável que tematiza a Arquitetura, e dos Produtos, os objetos de fato arquitetônicos, constituídos de formas, espaços e materialidade. Percebeu-se que estas duas classes, e suas posteriores subdivisões, relacionam-se por meio de um processo, denominado de Tradução, que as transforma, uma vez que são constituídas de naturezas diferentes. A caracterização dos elementos e dos processos envolvidos na ação de projetar permitiu localizar os pontos em que haveria limitações, mas não impossibilidade, para o ensino em especial no campo das Capacidades; e os pontos que poderiam ser explorados dentro do ensino, pois estão ao seu alcance os Conteúdos. Tal organização permitiu não somente responder a uma declaração que bloqueava o desenvolvimento do ensino, mas gerar um panorama dos limites e possibilidades tanto ao aprendizado quanto ao ensino de Projeto de Arquitetura.
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Também, para que se conheça os argumentos sob os quais se afirma uma imprescindível correlação entre os dois polos, de modo que tudo o que fosse possível de aprender também o fosse de ensinar. A segunda etapa do trabalho vasculha a história da instrução e do aprendizado da ação de projetar em arquitetura. Complementando as descobertas do capítulo anterior, essa passagem aponta motivos que basearam a declaração da impossibilidade do ensino, e, em contraposição a tal ato, apresenta diversas maneiras com que já se ensinou a projetar ao longo da história. Em um terceiro momento, que se apropria dos dois anteriores, a pesquisa lista aspectos que poderiam fundamentar a impossibilidade do ensino para arquitetura, e contraposições a eles. Firma-se, assim, um panorama de limites e possibilidades ao ensino de Projeto de Arquitetura. A fim de conferir e complementar tal cenário, no quarto momento utiliza-se um estudo de caso, composto de uma série de livros com temas vinculados ao ensino de projeto de arquitetura. Verificando aquilo ausente nas publicações constatou-se acerca das limitações, e analisando aquilo presente compreendeu-se e se explicou acerca das possibilidades ao ensino. Foram realizadas diversas classificações a fim de organizar estes dois campos, e assim surgiram as classes dos Conteúdos e das Capacidades. Dentro do primeiro campo, encontrou-se duas classes que tornam mais nítida a definição de arquitetura, e que conseguem esclarecer quais as dificuldades para a ação de projeto. Trata-se das Questões, a parcela verbalmente comunicável que tematiza a Arquitetura, e dos Produtos, os objetos de fato arquitetônicos, constituídos de formas, espaços e materialidade. Percebeu-se que estas duas classes, e suas posteriores subdivisões, relacionam-se por meio de um processo, denominado de Tradução, que as transforma, uma vez que são constituídas de naturezas diferentes. A caracterização dos elementos e dos processos envolvidos na ação de projetar permitiu localizar os pontos em que haveria limitações, mas não impossibilidade, para o ensino em especial no campo das Capacidades; e os pontos que poderiam ser explorados dentro do ensino, pois estão ao seu alcance os Conteúdos. Tal organização permitiu não somente responder a uma declaração que bloqueava o desenvolvimento do ensino, mas gerar um panorama dos limites e possibilidades tanto ao aprendizado quanto ao ensino de Projeto de Arquitetura.This work seeks to comprehend and put into question a statement which is characteristic of the Modern period, the one that proclaims that Architecture Design cannot be taught, but can be learned\". The research aims to understand the reasons by which it had been announced and disseminated, and find the keys by which it can be challenged. Thus, it pursues to find out existent possibilities to the teaching of Architectural Design, among its limitations. For this purpose, in a first stage the work differentiates the notions of teaching and learning, researching in etymological, philosophical and historical sources. This step is necessary in order to understand the attributes that could make something learnable but not teachable. Also, in order to know the arguments which states an essential correlation between the two poles, producing the notion that everything which was possible to learn, was also to teach. The second stage of work searches the history of education of designing in Architecture. Complementing the findings of the previous chapter, this passage points out reasons that could base the declaration of the impossibility of teaching, and, as opposed to such act, shows several ways in which design was taught throughout history. In a third step, which appropriates of the previous two, the research list aspects that could justify the impossibility of education to architecture, and contrasts them. It is firmed, thus, an overview of limits and possibilities to the education of Architectural Design. In order to check and complement such scenario, the fourth chapter uses a case study, consisted of a series of books with topics related to the education of Architecture Design. Checking what was absent in the publications, it was found about the limitations, and analysing what was present it was possible to understand and explain about the possibilities to education. Various classifications were made to organize these two fields, and thus came the classes of Contents and Skills. Within the first field, it was met two classes that can turn the definition of Architecture clearer, and which can clarify the difficulties for the designing action. These are the Questions, the verbally communicable portion which thematises architecture, and the Products, the true architectural objects, made up of forms, spaces and materiality. It was noticed that these two classes, and their subsequent subdivisions, are related through a process, which was called Translation, that produces transformations, since the two poles are formed by different natures. The characterization of the elements and processes involved in the action of design allowed to locate the points where there would be limitations, but not impossibility, for teaching - particularly in the Skills field; and the points that could be exploited in the education, since they are within reach - the Contents. This organization allowed not only to respond to a statement that used to block the teaching development, but to generate an overview of the limits and the possibilities of both learning and teaching of Architectural Design.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPLancha, Joubert JoséSilva, Maria Madalena Ferreira Pinto daKotchetkoff, Júlia Coelho2016-10-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-23012017-105436/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-17T16:34:08Zoai:teses.usp.br:tde-23012017-105436Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-17T16:34:08Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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