Utilização de células dendríticas pulsadas com peptídeo 10 (P10) de Paracoccidioides brasiliensis no controle da paracoccidiodomicose experimental. Reversão do estado anérgico, associação com antifúngicos e controle de infecção aguda
Ano de defesa: | 2014 |
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Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Link de acesso: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5133/tde-04092014-162220/ |
Resumo: | A paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica e endêmica na América Latina com maior prevalência no Brasil, Colômbia e Venezuela. A doença é causada pelos fungos P. brasiliensis e P. lutzii. As células dendríticas são eficientes apresentadoras de antígenos e quando utilizadas como adjuvante podem ser de 100 a 1000 vezes mais efetiva nesta função. O peptídeo P10 corresponde a um trecho específico de 15 aminoácidos derivado da gp43, principal antígeno diagnóstico, e é reconhecido pelos linfócitos T CD4+ capaz de induzir resposta preferencialmentedo tipo Th1 e conferindo proteção no modelo experimental. Células indiferenciadas foram obtidas a partir de medula óssea de camundongos machos BALB/c B10.A, cultivadas na presença de GM-CSF e IL-4 por 9 dias, para a diferenciação de células dendríticas (DC). As células foram incubadas na presença do P10 por 2 horas, em estufa com 5% de CO2 a 37°C, e foram utilizadas nas imunizações. A maturação das células foi observada por citometria de fluxo com os marcadores CD11c, MHC-II, CD80 e CD86. Camundongos da linhagem BALB/c e B10.A foram submetidos à imunossupressão com dexametasona, por 20 dias, seguido pela infecção intratraqueal com o isolado Pb18. Após 30 dias, os grupos foram tratados com DCs ou DCs pulsadas com P10 em associação ou não com sulfametoxazol/Trimetoprim, por um período de 15 dias. O sacrifício ocorreu 45 dias após a infecção e foram retirados os pulmões, baço e fígado para quantificação de carga fúngica, análise histológica e dosagem de citocinas. Observamos diminuição significativa da carga fúngica nos pulmões dos animais que receberam DCs pulsadas com P10 associada ou não ao tratamento medicamentoso. Não foi observado crescimento fúngico em outros órgãos como fígado e baço em ambos os grupos. A análise histológica revelou redução da carga fúngica e preservação do parênquima pulmonar nos grupos tratados com Dcs pulsadas com P10. As dosagens das citocinas indicaram uma resposta imune mista Th1/Th2. Inicialmente reportamos que as DCs pulsadas com P10 reduz a carga fúngica em camundongos infectados. Neste trabalho, reportamos que as DCs pulsadas com P10 podem também reduzir a carga fúngica em animais anérgicos, mimetizando pacientes com a forma aguda/subaguda da doença |
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Utilização de células dendríticas pulsadas com peptídeo 10 (P10) de Paracoccidioides brasiliensis no controle da paracoccidiodomicose experimental. Reversão do estado anérgico, associação com antifúngicos e controle de infecção agudaUse of dendritic cells pulsed with peptide 10 (P10) Paracoccidioidesbrasiliensis to control experimental paracoccidioidomycosis. Reversal of the anergic state, association with antifungal and control acute infectionCamundongosCélulas dendríticasCombinação trimetoprina-sulfametoxazolDendritic cellsDexametasonaDexamethasoneImmunity innateImunidade inataMiceP10 peptideParacoccidioidesParacoccidioidesParacoccidioides brasiliensisParacoccidioides brasiliensisPeptídeo 10Trimethoprin-sulfamethoxazole combinationA paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica e endêmica na América Latina com maior prevalência no Brasil, Colômbia e Venezuela. A doença é causada pelos fungos P. brasiliensis e P. lutzii. As células dendríticas são eficientes apresentadoras de antígenos e quando utilizadas como adjuvante podem ser de 100 a 1000 vezes mais efetiva nesta função. O peptídeo P10 corresponde a um trecho específico de 15 aminoácidos derivado da gp43, principal antígeno diagnóstico, e é reconhecido pelos linfócitos T CD4+ capaz de induzir resposta preferencialmentedo tipo Th1 e conferindo proteção no modelo experimental. Células indiferenciadas foram obtidas a partir de medula óssea de camundongos machos BALB/c B10.A, cultivadas na presença de GM-CSF e IL-4 por 9 dias, para a diferenciação de células dendríticas (DC). As células foram incubadas na presença do P10 por 2 horas, em estufa com 5% de CO2 a 37°C, e foram utilizadas nas imunizações. A maturação das células foi observada por citometria de fluxo com os marcadores CD11c, MHC-II, CD80 e CD86. Camundongos da linhagem BALB/c e B10.A foram submetidos à imunossupressão com dexametasona, por 20 dias, seguido pela infecção intratraqueal com o isolado Pb18. Após 30 dias, os grupos foram tratados com DCs ou DCs pulsadas com P10 em associação ou não com sulfametoxazol/Trimetoprim, por um período de 15 dias. O sacrifício ocorreu 45 dias após a infecção e foram retirados os pulmões, baço e fígado para quantificação de carga fúngica, análise histológica e dosagem de citocinas. Observamos diminuição significativa da carga fúngica nos pulmões dos animais que receberam DCs pulsadas com P10 associada ou não ao tratamento medicamentoso. Não foi observado crescimento fúngico em outros órgãos como fígado e baço em ambos os grupos. A análise histológica revelou redução da carga fúngica e preservação do parênquima pulmonar nos grupos tratados com Dcs pulsadas com P10. As dosagens das citocinas indicaram uma resposta imune mista Th1/Th2. Inicialmente reportamos que as DCs pulsadas com P10 reduz a carga fúngica em camundongos infectados. Neste trabalho, reportamos que as DCs pulsadas com P10 podem também reduzir a carga fúngica em animais anérgicos, mimetizando pacientes com a forma aguda/subaguda da doençaParacoccidioidomycosis (PCM) is a systemic and endemic mycosis in South America, with higher prevalence in Brazil, Colombia and Venezuela. This disease is caused by fungi P. brasiliensis and P. lutzii. The peptide P10 matches a specific path of 15 amonoacids which is derived from gp43, main diagnostic antigen. This peptide is recognized by the T CD4+ lymphocytes and induces a response type Th1, giving protection at an experimental mode. Some dendritic cells (DC) have an efficient antigen and, when used as adjuvant, they can be 100 to 1000 times more effective. Undifferentiated cells were obtained from bone marrow of male mice type BALB/c and B10.A and cultivated in the presence of GM-CSF and IL-4 for 9 days, so that DCs would be differentiated. The cells were incubated in the presence of P10 for 2 hours in incubator at 37°C with 5% of CO2, and later utilized in the immunizations. Maturation of the cells was observed by flow cytometry with CD11c, MHC-II, CD80 and CD86 markers. Mice types BALB/c and B10.A had been submitted to an immunosuppression with dexamethasone for 20 days, before being intratracheally infected with isolate Pb18. After 30 days, the group of animals received immunizations with DCs or DCs pulsed with P10 associated or not with the treatment by Sulfametoxazol/Trimetoprim, this for a period of 15 days. The sacrifice occurred 45 day after the animals had been infected, and their lungs, spleen and liver were taken out for quantification of fungal burden, histology and cytokine assay. We observed a significant decrease of fungal burden in the lungs of animal that received DC pulsed with P10, associated or not with the drug treatment. In both groups we didn\'t observe fungal growth in organs such as liver and spleen. The histological analyses showed reduced fungal burden and preservation of lung parenchyma. The dosages of cytokines showed an immune response mixed Th1/Th2 type. At first we reported that the DCs pulsed with P10 were responsible for reducing the fungal burden in infected mice. In this paper we report that the DCs pulsed with P10 may also be responsible for reducing fungal burden in anergic animals, mimicking patients with the acute/subacute form of the diseaseBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPTaborda, Carlos PelleschiSilva, Leandro Buffoni Roque da2014-06-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5133/tde-04092014-162220/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:55Zoai:teses.usp.br:tde-04092014-162220Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Utilização de células dendríticas pulsadas com peptídeo 10 (P10) de Paracoccidioides brasiliensis no controle da paracoccidiodomicose experimental. Reversão do estado anérgico, associação com antifúngicos e controle de infecção aguda Silva, Leandro Buffoni Roque da Camundongos Células dendríticas Combinação trimetoprina-sulfametoxazol Dendritic cells Dexametasona Dexamethasone Immunity innate Imunidade inata Mice P10 peptide Paracoccidioides Paracoccidioides Paracoccidioides brasiliensis Paracoccidioides brasiliensis Peptídeo 10 Trimethoprin-sulfamethoxazole combination |
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A paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica e endêmica na América Latina com maior prevalência no Brasil, Colômbia e Venezuela. A doença é causada pelos fungos P. brasiliensis e P. lutzii. As células dendríticas são eficientes apresentadoras de antígenos e quando utilizadas como adjuvante podem ser de 100 a 1000 vezes mais efetiva nesta função. O peptídeo P10 corresponde a um trecho específico de 15 aminoácidos derivado da gp43, principal antígeno diagnóstico, e é reconhecido pelos linfócitos T CD4+ capaz de induzir resposta preferencialmentedo tipo Th1 e conferindo proteção no modelo experimental. Células indiferenciadas foram obtidas a partir de medula óssea de camundongos machos BALB/c B10.A, cultivadas na presença de GM-CSF e IL-4 por 9 dias, para a diferenciação de células dendríticas (DC). As células foram incubadas na presença do P10 por 2 horas, em estufa com 5% de CO2 a 37°C, e foram utilizadas nas imunizações. A maturação das células foi observada por citometria de fluxo com os marcadores CD11c, MHC-II, CD80 e CD86. Camundongos da linhagem BALB/c e B10.A foram submetidos à imunossupressão com dexametasona, por 20 dias, seguido pela infecção intratraqueal com o isolado Pb18. Após 30 dias, os grupos foram tratados com DCs ou DCs pulsadas com P10 em associação ou não com sulfametoxazol/Trimetoprim, por um período de 15 dias. O sacrifício ocorreu 45 dias após a infecção e foram retirados os pulmões, baço e fígado para quantificação de carga fúngica, análise histológica e dosagem de citocinas. Observamos diminuição significativa da carga fúngica nos pulmões dos animais que receberam DCs pulsadas com P10 associada ou não ao tratamento medicamentoso. Não foi observado crescimento fúngico em outros órgãos como fígado e baço em ambos os grupos. A análise histológica revelou redução da carga fúngica e preservação do parênquima pulmonar nos grupos tratados com Dcs pulsadas com P10. As dosagens das citocinas indicaram uma resposta imune mista Th1/Th2. Inicialmente reportamos que as DCs pulsadas com P10 reduz a carga fúngica em camundongos infectados. Neste trabalho, reportamos que as DCs pulsadas com P10 podem também reduzir a carga fúngica em animais anérgicos, mimetizando pacientes com a forma aguda/subaguda da doença |
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