De ribeirinho a atingido: a luta pela terra da comunidade de Entre Rios, no contexto do Desastre da Samarco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Ladislau Pereira Sanders Filho
Orientador(a): Marta Inez Medeiros Marques
Banca de defesa: Bruno Milanez, Ariovaldo Umbelino de Oliveira, Gustavo Francisco Teixeira Prieto
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Geografia (Geografia Humana)
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Link de acesso: https://doi.org/10.11606/D.8.2019.tde-06042021-190833
Resumo: Este trabalho analisa a luta pela terra de uma comunidade de camponeses ribeirinhos, no contexto do desastre da Samarco. Trato da comunidade de Entre Rios, localizada na foz do rio Doce, no Estado do Espírito Santo. É importante estabelecer esta discussão tendo em vista a construção de uma abordagem que leve em consideração a totalidade social e seus conflitos eminentes, em que a comunidade de Entre Rios é vista enquanto classe camponesa reproduzindo-se contraditoriamente sob o modo capitalista de produção. Em virtude do processo de autoidentificação como Ribeirinhos da comunidade de Entre Rios, num conflito por terra contra a empresa União Engenharia e Montagem, mobilizei as discussões em torno da reprodução de grupos sociais do campo. O território como expressão da luta de classes, as relações não capitalistas de produção capitalista e o debate sobre os povos tradicionais, orientaram meu esforço de avaliar um conjunto de processos territoriais. Tais processos, através de minha abordagem, tem girado em torno dos temas de identidade e luta de classes, a política brasileira dos governos do Partido dos Trabalhadores e a atualidade da questão da reforma agrária. Construí esta avaliação, tendo o momento histórico atual marcado pelo neoliberalismo e a crise do capital, para pensar o processo da luta encampada pela comunidade de Entre Rios. Todavia, o processo de luta ganha contornos atuais após o rompimento da barragem de rejeitos pertencente à Samarco Mineração, pois esta comunidade tornou-se atingida pela lama de rejeitos despejada no rio Doce em virtude de tal rompimento.
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