Sensibilidade do Orthobunyavirus do grupo C, Oriboca (BeAn 17) aos interferons humanos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Marieta Torres de Abreu Assis
Orientador(a): Paulo Cesar Peregrino Ferreira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/FAMM-BC8TYX
Resumo: O arbovírus do grupo C Oriboca (gênero Orthobunyavirus, família Bunyaviridae) foi isolado na Amazônia brasileira durante os anos 50. Em humanos, a doença causada por estes vírus caracteriza-se por febre alta, mialgia, dor ocular e fotofobia, com 4-5 dias de duração. Os vírus dessa família apresentam partículas esféricas, envelopadas, de 100 nm de diâmetro e o genoma é composto por três fitas simples de RNA de polaridade negativa. Os estudos envolvendo esta família viral são ainda escassos. Os interferons são uma família de citocinas e, são componentes do sistema imune inato, sendo a primeira linha de defesa contra uma infecção viral. As células infectadas sintetizam e secretam interferons do tipo I e tipo III, que sinalizam as células vizinhas para expressarem proteínas antivirais na tentativa de conter a multiplicação e evitar a dispersão desse agente, nas células do tecido infectado (estado antiviral). Assim este trabalho teve como objetivos elucidar algumas importantes características envolvendo este membro, desse importante sorogrupo da família Bunyaviridae, como caracterizar sua multiplicação, comparar sua reatividade cruzada através da prova de neutralização e, verificar a atividade antiviral dos IFNs do tipo I e tipo III contra este vírus. Para tal, a amostra do vírus Oriboca foi multiplicada em células Vero e, realizada a clonagem de placa para garantir uma população de vírus homogênea. A reatividade cruzada entre o Oriboca e seus clones foi investigada, utilizando-se soro anti-Apeu e soro anti-arbovírus do grupo C-1. Para avaliar a capacidade do ORIV em induzir IFN in vitro, utilizamos células murinas L929 e o ensaio da medida da atividade antiviral utilizado, para quantificar o IFN presente. Para avaliar a ação dos IFNs á, â e ë1 sobre a multiplicação do vírus Oriboca, células Vero foram tratadas com concentrações variadas dos IFNs e 18 horas depois infectadas com o ORIV. Para avaliar se o uso de IFN do tipo III poderia aumentar os efeitos antivirais dos IFNs do tipo I, células VERO foram tratadas com misturas dos dois tipos de IFNs em concentrações altas ou baixas. Todas essas amostras foram posteriormente tituladas em UFP/mL. E finalmente para avaliar os níveis de expressão dos ISGs 25OAS, PKR, 6-16 e MxA, células humanas A549 foram infectadas em diferentes tempos e o RNA total celular extraído e utilizado como molde em reações de PCR em tempo real.Verificamos que, os IFNs á e â foram capazes de proteger as células VERO contra o ORIV. A atividade antiviral verificada foi dose dependente, e o IFN â o que mais inibiu a multiplicação do ORIV. Possivelmente, esta atividade diferencial dos IFN ocorre devido às diferenças nas afinidades às cadeias do receptor celular. O IFN-ë1 (tipo III) foi capaz de proteger essas células também da infecção pelo ORIV, quando administrado em doses muito superiores àquelas quando comparado aos IFNs á/â. A atividade biológica dos IFNs do tipo III, mesmo redundantes com as atividades dos IFNs do tipo I, são em geral menos intensas e mais restritas. Nós observamos que, células VERO tratadas com uma combinação destes IFNs em doses altas ou baixas não tiveram um efeito antiviral aditivo sobre a muliplicação do ORIV. A expressão dos quatro ISGs (25OAS, PKR, 6-16 e MxA), quantificados por PCR em tempo real foi aumentada nas células A549 após infecção pelo ORIV. Com este trabalho mostramos que o ORIV é sensível aos IFNs do tipo I e III em maior ou menor grau e, embora utilizem receptores distintos para sinalizarem, essas duas famílias de IFN compartilham algumas características comuns, como as vias de transdução de sinais ativadas e os estímulos requeridos para a sua produção. Esses resultados confirmam dados prévios descritos para outros Bunyavirus. Os dados sugerem que, o sistema imune inato desempenha um importante papel no controle do ORIV e um potencial terapêutico dos IFNs do tipo I e III no controle das arboviroses. Mais estudos serão necessários para caracterizar a sensibilidade aos IFNs do tipo I e III para outros membros da família Bunyaviridae, bem como avaliar outros IFNs como o tipo II (IFN ã) e também o IFN lambda2 para membros dessa família.
id UFMG_6774ce3c5c1c75266a6208cb2dd926b1
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/FAMM-BC8TYX
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Paulo Cesar Peregrino FerreiraJoao Rodrigues dos SantosMarieta Torres de Abreu Assis2019-08-10T01:28:17Z2019-08-10T01:28:17Z2009-02-09http://hdl.handle.net/1843/FAMM-BC8TYXO arbovírus do grupo C Oriboca (gênero Orthobunyavirus, família Bunyaviridae) foi isolado na Amazônia brasileira durante os anos 50. Em humanos, a doença causada por estes vírus caracteriza-se por febre alta, mialgia, dor ocular e fotofobia, com 4-5 dias de duração. Os vírus dessa família apresentam partículas esféricas, envelopadas, de 100 nm de diâmetro e o genoma é composto por três fitas simples de RNA de polaridade negativa. Os estudos envolvendo esta família viral são ainda escassos. Os interferons são uma família de citocinas e, são componentes do sistema imune inato, sendo a primeira linha de defesa contra uma infecção viral. As células infectadas sintetizam e secretam interferons do tipo I e tipo III, que sinalizam as células vizinhas para expressarem proteínas antivirais na tentativa de conter a multiplicação e evitar a dispersão desse agente, nas células do tecido infectado (estado antiviral). Assim este trabalho teve como objetivos elucidar algumas importantes características envolvendo este membro, desse importante sorogrupo da família Bunyaviridae, como caracterizar sua multiplicação, comparar sua reatividade cruzada através da prova de neutralização e, verificar a atividade antiviral dos IFNs do tipo I e tipo III contra este vírus. Para tal, a amostra do vírus Oriboca foi multiplicada em células Vero e, realizada a clonagem de placa para garantir uma população de vírus homogênea. A reatividade cruzada entre o Oriboca e seus clones foi investigada, utilizando-se soro anti-Apeu e soro anti-arbovírus do grupo C-1. Para avaliar a capacidade do ORIV em induzir IFN in vitro, utilizamos células murinas L929 e o ensaio da medida da atividade antiviral utilizado, para quantificar o IFN presente. Para avaliar a ação dos IFNs á, â e ë1 sobre a multiplicação do vírus Oriboca, células Vero foram tratadas com concentrações variadas dos IFNs e 18 horas depois infectadas com o ORIV. Para avaliar se o uso de IFN do tipo III poderia aumentar os efeitos antivirais dos IFNs do tipo I, células VERO foram tratadas com misturas dos dois tipos de IFNs em concentrações altas ou baixas. Todas essas amostras foram posteriormente tituladas em UFP/mL. E finalmente para avaliar os níveis de expressão dos ISGs 25OAS, PKR, 6-16 e MxA, células humanas A549 foram infectadas em diferentes tempos e o RNA total celular extraído e utilizado como molde em reações de PCR em tempo real.Verificamos que, os IFNs á e â foram capazes de proteger as células VERO contra o ORIV. A atividade antiviral verificada foi dose dependente, e o IFN â o que mais inibiu a multiplicação do ORIV. Possivelmente, esta atividade diferencial dos IFN ocorre devido às diferenças nas afinidades às cadeias do receptor celular. O IFN-ë1 (tipo III) foi capaz de proteger essas células também da infecção pelo ORIV, quando administrado em doses muito superiores àquelas quando comparado aos IFNs á/â. A atividade biológica dos IFNs do tipo III, mesmo redundantes com as atividades dos IFNs do tipo I, são em geral menos intensas e mais restritas. Nós observamos que, células VERO tratadas com uma combinação destes IFNs em doses altas ou baixas não tiveram um efeito antiviral aditivo sobre a muliplicação do ORIV. A expressão dos quatro ISGs (25OAS, PKR, 6-16 e MxA), quantificados por PCR em tempo real foi aumentada nas células A549 após infecção pelo ORIV. Com este trabalho mostramos que o ORIV é sensível aos IFNs do tipo I e III em maior ou menor grau e, embora utilizem receptores distintos para sinalizarem, essas duas famílias de IFN compartilham algumas características comuns, como as vias de transdução de sinais ativadas e os estímulos requeridos para a sua produção. Esses resultados confirmam dados prévios descritos para outros Bunyavirus. Os dados sugerem que, o sistema imune inato desempenha um importante papel no controle do ORIV e um potencial terapêutico dos IFNs do tipo I e III no controle das arboviroses. Mais estudos serão necessários para caracterizar a sensibilidade aos IFNs do tipo I e III para outros membros da família Bunyaviridae, bem como avaliar outros IFNs como o tipo II (IFN ã) e também o IFN lambda2 para membros dessa família.The group C arbovirus Oriboca (genus Orthobunyavirus, family Bunyaviridae) was isolated in the Brazilian amazon during the years 1950. In humans, the disease caused by these viruses is characterized by high fever, mialgy, ocular pain and photophobia, which lasts 4-5 days. The virus from this family present spherical, enveloped, of 100 nm in diameter particles and its genome is formed by three segments of single-stranded RNA of negative polarity. There are still few studies involving this viral family. The interferons are a family of cytokines and are components of the inate immune system, being the first line of defense against a viral infection. The infected cells sinthetize and secrete type I and III interferons, which signal to the neighbor cells to express antiviral proteins in the attempt to hinder the multiplication and avoid this agents diffusion in the cells of the contaminated tissue (antiviral state). Thus, this work had as aims to elucidate some important characteristics involving this member of this importante serogroup of the family Bunyaviridae, such as characterizing its multiplication, comparing its cross reactivity by neutralizing tests and verify the antiviral activity of the types I and III IFNs against this virus. In order to do this, the Oriboca virus sample was multiplied in Vero cells and a plaque cloning was performed to guarantee a homogeneous virus population. The cross reactivity among Oriboca and its clones was investigated by using anti-Apeu serum and antiarbovirus of the group C-1. To evaluate the capacity of the ORIV in inducing IFN in vitro, murine cells L929 were used and the test of the measure of the antiviral activity was used to quantify the IFN present. To assess the action of the IFNs á, â and ë1 on Oriboca virus multiplication, Vero cells were treated with various concentrations of the IFNs and 18 hours later infected with ORIV. To evaluate wheter the use of type III IFN could increase the antiviral effects of the type I IFNs, Vero cells were treated with mixtures of both types of IFN in low or high concentrations. All these samples were posteriorly titled in PFU/mL. Finally, to assess the leves of expression of the ISGs 25OAS, PKR, 6-16 e MxA, human cells A549 were infected in different times and the total cellular RNA extracted and used as a template in real time PCR reactions. We verified that the IFNs á and â were capable of protecting the Vero cells against the ORIV. The antiviral activity verified was dose dependent, and the IFN â was the most efficient in inhibiting ORIV multiplication. Possibly, this differential activity of the IFNs occurs due to the differences in the affinity to cellular receptor chains. The IFN- ë1 (type III) was also capable of protecting these cells from the infection with ORIV, when administrated in doses much higher than the ones of IFNs á/â. The biological activity of the IFNs type III, even when redundant with the IFNs types I activities, are generally less intense and more restrict. We observed that Vero cells treated with a combination of these IFNs in high or low doses did not present an antiviral effect additive on the multiplication of ORIV. The expression of the four ISGs (25OAS, PKR, 6-16 and MxA), quantified by real time PCR was raised in the A549 cells after the infection with ORIV. With this work, we showed that ORIV is sensitive to the IFNs type I and III in higher or lower level and, even though they use different receptors to signal, these two families of IFN share some common characteristics, such as pathways of signal transduction activated and the stimulus required to its production. These results confirm previous data described for other Bunyavirus. The data suggest that the innate immune system has an important role in the control of ORIV and a therapeutic potential of the IFNs types I and III in the control of the arbovirosis. More studies are needed in order to characterize the sensitivity of the IFNs types I and III to other members of the Bunyaviridae family, as well as evaluate other IFNs like the type II (IFN ã) and also the IFN lambda2 for the members of this family.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGMicrobiologiainterferonsArbovírusOrthobunyavirusMicrobiologiaSensibilidade do Orthobunyavirus do grupo C, Oriboca (BeAn 17) aos interferons humanosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_de_mestrado.pdfapplication/pdf7081751https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/FAMM-BC8TYX/1/disserta__o_de_mestrado.pdfc9dbbaaddab7b48dd6bbd565cdb9c97fMD51TEXTdisserta__o_de_mestrado.pdf.txtdisserta__o_de_mestrado.pdf.txtExtracted texttext/plain163254https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/FAMM-BC8TYX/2/disserta__o_de_mestrado.pdf.txt15652466b8dd587883ab43ffa6c850e9MD521843/FAMM-BC8TYX2019-11-14 10:25:18.651oai:repositorio.ufmg.br:1843/FAMM-BC8TYXRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T13:25:18Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Sensibilidade do Orthobunyavirus do grupo C, Oriboca (BeAn 17) aos interferons humanos
title Sensibilidade do Orthobunyavirus do grupo C, Oriboca (BeAn 17) aos interferons humanos
spellingShingle Sensibilidade do Orthobunyavirus do grupo C, Oriboca (BeAn 17) aos interferons humanos
Marieta Torres de Abreu Assis
Microbiologia
Microbiologia
interferons
Arbovírus
Orthobunyavirus
title_short Sensibilidade do Orthobunyavirus do grupo C, Oriboca (BeAn 17) aos interferons humanos
title_full Sensibilidade do Orthobunyavirus do grupo C, Oriboca (BeAn 17) aos interferons humanos
title_fullStr Sensibilidade do Orthobunyavirus do grupo C, Oriboca (BeAn 17) aos interferons humanos
title_full_unstemmed Sensibilidade do Orthobunyavirus do grupo C, Oriboca (BeAn 17) aos interferons humanos
title_sort Sensibilidade do Orthobunyavirus do grupo C, Oriboca (BeAn 17) aos interferons humanos
author Marieta Torres de Abreu Assis
author_facet Marieta Torres de Abreu Assis
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Paulo Cesar Peregrino Ferreira
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Joao Rodrigues dos Santos
dc.contributor.author.fl_str_mv Marieta Torres de Abreu Assis
contributor_str_mv Paulo Cesar Peregrino Ferreira
Joao Rodrigues dos Santos
dc.subject.por.fl_str_mv Microbiologia
topic Microbiologia
Microbiologia
interferons
Arbovírus
Orthobunyavirus
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Microbiologia
interferons
Arbovírus
Orthobunyavirus
description O arbovírus do grupo C Oriboca (gênero Orthobunyavirus, família Bunyaviridae) foi isolado na Amazônia brasileira durante os anos 50. Em humanos, a doença causada por estes vírus caracteriza-se por febre alta, mialgia, dor ocular e fotofobia, com 4-5 dias de duração. Os vírus dessa família apresentam partículas esféricas, envelopadas, de 100 nm de diâmetro e o genoma é composto por três fitas simples de RNA de polaridade negativa. Os estudos envolvendo esta família viral são ainda escassos. Os interferons são uma família de citocinas e, são componentes do sistema imune inato, sendo a primeira linha de defesa contra uma infecção viral. As células infectadas sintetizam e secretam interferons do tipo I e tipo III, que sinalizam as células vizinhas para expressarem proteínas antivirais na tentativa de conter a multiplicação e evitar a dispersão desse agente, nas células do tecido infectado (estado antiviral). Assim este trabalho teve como objetivos elucidar algumas importantes características envolvendo este membro, desse importante sorogrupo da família Bunyaviridae, como caracterizar sua multiplicação, comparar sua reatividade cruzada através da prova de neutralização e, verificar a atividade antiviral dos IFNs do tipo I e tipo III contra este vírus. Para tal, a amostra do vírus Oriboca foi multiplicada em células Vero e, realizada a clonagem de placa para garantir uma população de vírus homogênea. A reatividade cruzada entre o Oriboca e seus clones foi investigada, utilizando-se soro anti-Apeu e soro anti-arbovírus do grupo C-1. Para avaliar a capacidade do ORIV em induzir IFN in vitro, utilizamos células murinas L929 e o ensaio da medida da atividade antiviral utilizado, para quantificar o IFN presente. Para avaliar a ação dos IFNs á, â e ë1 sobre a multiplicação do vírus Oriboca, células Vero foram tratadas com concentrações variadas dos IFNs e 18 horas depois infectadas com o ORIV. Para avaliar se o uso de IFN do tipo III poderia aumentar os efeitos antivirais dos IFNs do tipo I, células VERO foram tratadas com misturas dos dois tipos de IFNs em concentrações altas ou baixas. Todas essas amostras foram posteriormente tituladas em UFP/mL. E finalmente para avaliar os níveis de expressão dos ISGs 25OAS, PKR, 6-16 e MxA, células humanas A549 foram infectadas em diferentes tempos e o RNA total celular extraído e utilizado como molde em reações de PCR em tempo real.Verificamos que, os IFNs á e â foram capazes de proteger as células VERO contra o ORIV. A atividade antiviral verificada foi dose dependente, e o IFN â o que mais inibiu a multiplicação do ORIV. Possivelmente, esta atividade diferencial dos IFN ocorre devido às diferenças nas afinidades às cadeias do receptor celular. O IFN-ë1 (tipo III) foi capaz de proteger essas células também da infecção pelo ORIV, quando administrado em doses muito superiores àquelas quando comparado aos IFNs á/â. A atividade biológica dos IFNs do tipo III, mesmo redundantes com as atividades dos IFNs do tipo I, são em geral menos intensas e mais restritas. Nós observamos que, células VERO tratadas com uma combinação destes IFNs em doses altas ou baixas não tiveram um efeito antiviral aditivo sobre a muliplicação do ORIV. A expressão dos quatro ISGs (25OAS, PKR, 6-16 e MxA), quantificados por PCR em tempo real foi aumentada nas células A549 após infecção pelo ORIV. Com este trabalho mostramos que o ORIV é sensível aos IFNs do tipo I e III em maior ou menor grau e, embora utilizem receptores distintos para sinalizarem, essas duas famílias de IFN compartilham algumas características comuns, como as vias de transdução de sinais ativadas e os estímulos requeridos para a sua produção. Esses resultados confirmam dados prévios descritos para outros Bunyavirus. Os dados sugerem que, o sistema imune inato desempenha um importante papel no controle do ORIV e um potencial terapêutico dos IFNs do tipo I e III no controle das arboviroses. Mais estudos serão necessários para caracterizar a sensibilidade aos IFNs do tipo I e III para outros membros da família Bunyaviridae, bem como avaliar outros IFNs como o tipo II (IFN ã) e também o IFN lambda2 para membros dessa família.
publishDate 2009
dc.date.issued.fl_str_mv 2009-02-09
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-10T01:28:17Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-10T01:28:17Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/FAMM-BC8TYX
url http://hdl.handle.net/1843/FAMM-BC8TYX
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/FAMM-BC8TYX/1/disserta__o_de_mestrado.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/FAMM-BC8TYX/2/disserta__o_de_mestrado.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv c9dbbaaddab7b48dd6bbd565cdb9c97f
15652466b8dd587883ab43ffa6c850e9
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1793891062819848192