Produção de soro antielapídico através da imunização de animais com peptídeos sintéticos das principais toxinas do veneno da serpente micrurus corallinus
Ano de defesa: | 2014 |
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Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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País: |
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9PFJBL |
Resumo: | No Brasil, a família Elapidae é representada por serpentes do gênero Micrurus. Os acidentes causados por este gênero são considerados graves devido aos efeitos neurotóxicos observados em humanos. A espécie Micrurus corallinus possui em seu veneno pelo menos duas classes de neurotoxinas: fosfolipases A2 e Toxinas de Três Dígitos. O tratamento para envenenamento é a administração intravenosa do soro antielapídico. Os centros de tratamento têm problemas na produção de soro antielapídico, pois as serpentes desse gênero são de difícil manutenção em cativeiro e possuem glândula de veneno de tamanho reduzido, o que resulta em baixas concentrações de veneno disponíveis. O objetivo principal deste trabalho é preencher esta lacuna através do desenvolvimento de novas estratégias para a produção de antiveneno elapídico, utilizando peptídeos sintéticos representando epitopos das principais toxinas de M.corallinus identificados pela técnica de SPOT. Após a análise das membranas de SPOT e das sequências das proteínas com o software Epitopia, nove peptídeos foram escolhidos, localizados em estruturas 3D e utilizados para a imunização de coelhos. Dois animais foram imunizados com veneno de M.frontalis e peptideos de M.corallinus, e dois foram imunizados apenas com peptídeos sintéticos. Após um segundo ciclo de imunizações, o soro dos coelhos de ambos os grupos foi capaz de reconhecer o veneno de diferentes espécies do gênero Micrurus em testes de ELISA, e de neutralizar completamente a atividade fosfolipásica dos venenos. Além disso, os animais imunizados com veneno e peptídeos foram capazes de neutralizar 100% da atividade letal de M.corallinus. Estes resultados nos encorajam a utilizar peptídeos sintéticos para o desenvolvimento de antivenenos. |
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