Reação de cultivares e controle da antracnose em soja

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Souza, Rosemari Terezinha de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa:
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://10.0.217.128:8080/jspui/handle/tede/489
Resumo: A antracnose atinge proporções epidêmicas no cerrado brasileiro, onde a temperatura é mais elevada e as chuvas são normalmente mais intensas e freqüentes (EMBRAPA, 2000). No Sul do Brasil, sua ocorrência é restrita aos verões mais chuvosos, embora o patógeno seja frequentemente isolado em haste e vagens assintomáticas. O manejo da doença em condições de campo tem sido limitado pela falta de informação sobre a suscetibilidade dos cultivares e a eficácia das aplicações de fungicidas. Tais fatores motivaram a realização deste estudo, o qual envolve a avaliação da reação de cultivares em diferentes estádios de crescimento, a sensibilidade de Colletotrichum truncatum aos principais tipos de fungicidas utilizados em soja, o desempenho de aplicações preventivas ou curativas de fungicidas em casa-de-vegetação e sua avaliação em condições de campo. Os trabalhos foram conduzidos no período de 2005 a 2008, na Universidade de Passo Fundo. Nos testes para avaliação dos cultivares, a incidência da doença e a suscetibilidade foram maiores em plantas jovens. Todos as 16 cultivares (Caiapônia, BRS 154 RR, BRS 242 RR, BRS 244 RR, CD 212 RR, CD 213 RR, CD 214 RR, CD 215 RR, CD 219 RR, CD 245 RR, Fundacep 35, Fundacep 53 RR, Mireia RR, AG 6001 RR, AG 6445 RR e AG 8000 RR) foram suscetíveis à antracnose, especialmente nos estádios iniciais de crescimento. Na avaliação da fungitoxicidade de fungicidas, a concentração necessária para inibir em 50% o crescimento do micélio do fungo (DE50) variou de 1,05 mg.L-1 para epoxiconazol + piraclostrobina a 2,6 mg.L-1 para ciproconazol + trifloxistrobina, 4,95 mg.L-1 para tebuconazole, 9,9 mg.L-1 para ciproconazol + azoxistrobina e 100 mg.L-1 para carbendazim. Em aplicações preventivas, os fungicidas acima protegeram as plantas por um período de até 12 dias após o tratamento. Por outro lado, o efeito curativo dos fungicidas só foi possível até cinco a seis dias após a inoculação e variou em função da cultivar utilizada. Em campo, esquemas de controle com duas aplicações dos fungicidas carbendazim, tebuconazole, ciproconazol + azoxistrobina, ciproconazol + trifloxistrobina ou epoxiconazol + piraclostrobina apresentaram eficácia inferior a 50%, mas resultaram em rendimento de grãos maior que a testemunha. Aplicações iniciadas em R1 produziram melhores resultados que aquelas em R2. Conclui-se que vários cultivares de soja são suscetíveis à antracnose, especialmente em plantas jovens, e que o controle químico da doença é medianamente eficaz, o que demanda a adoção de outras estratégias de controle, como a rotação de culturas e o uso de sementes de soja tratadas
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Tais fatores motivaram a realização deste estudo, o qual envolve a avaliação da reação de cultivares em diferentes estádios de crescimento, a sensibilidade de Colletotrichum truncatum aos principais tipos de fungicidas utilizados em soja, o desempenho de aplicações preventivas ou curativas de fungicidas em casa-de-vegetação e sua avaliação em condições de campo. Os trabalhos foram conduzidos no período de 2005 a 2008, na Universidade de Passo Fundo. Nos testes para avaliação dos cultivares, a incidência da doença e a suscetibilidade foram maiores em plantas jovens. Todos as 16 cultivares (Caiapônia, BRS 154 RR, BRS 242 RR, BRS 244 RR, CD 212 RR, CD 213 RR, CD 214 RR, CD 215 RR, CD 219 RR, CD 245 RR, Fundacep 35, Fundacep 53 RR, Mireia RR, AG 6001 RR, AG 6445 RR e AG 8000 RR) foram suscetíveis à antracnose, especialmente nos estádios iniciais de crescimento. Na avaliação da fungitoxicidade de fungicidas, a concentração necessária para inibir em 50% o crescimento do micélio do fungo (DE50) variou de 1,05 mg.L-1 para epoxiconazol + piraclostrobina a 2,6 mg.L-1 para ciproconazol + trifloxistrobina, 4,95 mg.L-1 para tebuconazole, 9,9 mg.L-1 para ciproconazol + azoxistrobina e 100 mg.L-1 para carbendazim. Em aplicações preventivas, os fungicidas acima protegeram as plantas por um período de até 12 dias após o tratamento. Por outro lado, o efeito curativo dos fungicidas só foi possível até cinco a seis dias após a inoculação e variou em função da cultivar utilizada. Em campo, esquemas de controle com duas aplicações dos fungicidas carbendazim, tebuconazole, ciproconazol + azoxistrobina, ciproconazol + trifloxistrobina ou epoxiconazol + piraclostrobina apresentaram eficácia inferior a 50%, mas resultaram em rendimento de grãos maior que a testemunha. Aplicações iniciadas em R1 produziram melhores resultados que aquelas em R2. Conclui-se que vários cultivares de soja são suscetíveis à antracnose, especialmente em plantas jovens, e que o controle químico da doença é medianamente eficaz, o que demanda a adoção de outras estratégias de controle, como a rotação de culturas e o uso de sementes de soja tratadasAnthracnose is one of the most important diseases of soybeans in warm and rainy regions of Brazil. In the South, the disease occurs in rainy summers, although the causal agent is recovered every year from assymptomatic plant tissues. Anthracnose can occur from seedling emergence to adult plant stages and its field management has been limited by cultivars susceptibility and low efficacy of fungicide spray programs. Such factors led to this study, which comprises evaluations of cultivar reaction, sensibility of Colletotrichum truncatum to fungicides, and performance of fungicides in both preventive and curative applications, as well as in field conditions. The experiments were carried out at the Universidade de Passo Fundo, from 2005 to 2008. Disease incidence and cultivar susceptibility were higher as plants were inoculated at younger stages. At V1-V2, for example, all cultivars (Caiapônia, BRS 154 RR, BRS 242 RR, BRS 244 RR, CD 212 RR, CD 213 RR, CD 214 RR, CD 215 RR, CD 219 RR, CD 245 RR, Fundacep 35, Fundacep 53 RR, Mireia RR, AG 6001 RR, AG 6445 RR, and AG 8000 RR) were susceptible, especially in early growth stages. The fungicide concentration needed to inhibit in vitro fungal growth by 50% was 1.05 mg.L-1 to epoxyconazol + pyraclostrobin, 2.6 mg.L-1 to cyproconazol + trifloxystrobin, 4.95 mg.L-1 to tebuconazol, 9.9 mg.L-1 to cyproconazol + trifloxystrobin, and 100 mg.L-1 to carbendazim. Prevenctive sprays of the same fungicides protected plants for 12 days after application. Curative control of disease latent infections was possible up to five or six days after inoculation and varied between cultivars. Field spray programs with two applications of the fungicides carbendazin, tebuconazol, ciproconazol + azoxystrobin, cyproconazol + trifloxystrobin, or epoxiconazol + pyraclostrobin reduced disease incidence on pods by less than 50%, but resulted in increased grain yields over non-treated plots. Disease control and grain yield were better when spray programs initiated at R1 instead R2. Because most soybean cultivars are very susceptible to anthracnose and chemical control is only partially efficacious after disease establishment into plants, other control strategies such as crop rotation and use of treated seeds are highly recommendedCiências AgráriasPrograma de Pós-Graduação em AgronomiaForcelini, Carlos AlbertoCPF:26103710049http://lattes.cnpq.br/0881524391511473Souza, Rosemari Terezinha de2018-01-10T18:02:57Z2010-07-052010-03-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://10.0.217.128:8080/jspui/handle/tede/489porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca de teses e dissertações da Universidade de Passo Fundo (BDTD UPF)instname:Universidade de Passo Fundo (UPF)instacron:UPF2018-01-10T18:02:57Zoai:tede.upf.br:tede/489Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://tede.upf.br/oai/requestbiblio@upf.br || bio@upf.br || cas@upf.br || car@upf.br || lve@upf.br || sar@upf.br || sol@upf.br || upfmundi@upf.br || jucelei@upf.bropendoar:2018-01-10T18:02:57Biblioteca de teses e dissertações da Universidade de Passo Fundo (BDTD UPF) - Universidade de Passo Fundo (UPF)false
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