Histerectomia laparoscópica: estudo comparativo entre laparoscopia com múltiplas punções e punção única umbilical
Ano de defesa: | 2016 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-04112016-114650/ |
Resumo: | A histerectomia é um dos procedimentos cirúrgicos mais frequentes em Ginecologia. As técnicas minimamente invasivas trazem benefícios às pacientes e possibilitam o retorno precoce às atividades diárias. O presente estudo envolveu 42 pacientes do Setor de Laparoscopia da Divisão de Clínica Ginecológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo com indicação de histerectomia. As pacientes foram randomizadas em dois grupos: HLM (21 pacientes submetidas à histerectomia total laparoscópica com 3 punções) e HLU (21 pacientes submetidas à histerectomia total laparoscópica com punção única umbilical). Foram analisados tempo cirúrgico, sangramento operatório (variação de hemoglobina pré e pós-operatória, e volume de sangue aspirado durante a cirurgia), resposta inflamatória aguda (dosagens seriadas de Proteína C Reativa, de citocinas: interleucina-6, interleucina-10, fator de necrose tumoral alfa, fator de crescimento endotelial vascular e de leucócitos), complicações operatórias imediatas e tardias, dor pós-operatória (escala visual analógica de dor) e grau de satisfação das pacientes (questionário validado de qualidade de vida SF36). O tempo cirúrgico foi significativamente maior no grupo das histerectomias por punção única umbilical comparado ao grupo de múltiplas punções (p= 0,001). O sangramento operatório foi semelhante entre os dois grupos. Não ocorreram complicações imediatas maiores, porém, em um caso de HLU, houve necessidade de realização de duas punções auxiliares para lise de extensas aderências pélvicas. Em relação à resposta inflamatória, os grupos se comportaram de forma semelhante nas dosagens de IL-6 (p = 0,833), IL-10 (p = 0,420), TNF alfa (p = 0,098), VEGF (p =0,092) e leucograma (p = 0,712). Embora o comportamento da proteína C-reativa tenha sido diferente entre os dois grupos, seus valores médios não apresentaram diferença estatisticamente significativa em nenhum momento avaliado (p = 0,666). A análise subjetiva da dor foi semelhante nos dois grupos estudados. Um ano após a cirurgia, verificamos a presença de hérnia umbilical em três pacientes submetidas à histerectomia por punção única umbilical, sem diferença significativa em relação à cirurgia com múltiplas punções (p = 0,09). Além disso, houve melhora da qualidade de vida em ambos os grupos, segundo avaliação feita antes e um ano após a cirurgia. Conclusões: A HLU apresentou tempo cirúrgico maior do que HLM; entretanto, não observamos diferença entre os grupos em relação ao sangramento operatório, à resposta inflamatória, à dor pós-operatória, às complicações e à qualidade de vida. As duas técnicas propostas para realização de histerectomia laparoscópica foram viáveis e seguras. Há limitações da técnica com punção umbilical única para pacientes com úteros volumosos ou com múltiplas aderências pélvicas |
id |
USP_6fd2b65563a29dedac4eafe8e232afe8 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:teses.usp.br:tde-04112016-114650 |
network_acronym_str |
USP |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
repository_id_str |
|
spelling |
Histerectomia laparoscópica: estudo comparativo entre laparoscopia com múltiplas punções e punção única umbilicalLaparoscopic hysterectomy: Comparative study between multiport and single-port laparoscopyCirurgiaCirurgia videoassistidaEstudos prospectivosGinecologiaGynecologic surgical proceduresGynecologyHisterectomiaHysterectomyInflamaçãoLaparoscopiaLaparoscopyMinimally invasive surgical proceduresProcedimentos cirúrgicos ginecológicosProcedimentos cirúrgicos minimamente invasivosProspective studiesSurgery, InflammationVideo-assisted surgeryA histerectomia é um dos procedimentos cirúrgicos mais frequentes em Ginecologia. As técnicas minimamente invasivas trazem benefícios às pacientes e possibilitam o retorno precoce às atividades diárias. O presente estudo envolveu 42 pacientes do Setor de Laparoscopia da Divisão de Clínica Ginecológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo com indicação de histerectomia. As pacientes foram randomizadas em dois grupos: HLM (21 pacientes submetidas à histerectomia total laparoscópica com 3 punções) e HLU (21 pacientes submetidas à histerectomia total laparoscópica com punção única umbilical). Foram analisados tempo cirúrgico, sangramento operatório (variação de hemoglobina pré e pós-operatória, e volume de sangue aspirado durante a cirurgia), resposta inflamatória aguda (dosagens seriadas de Proteína C Reativa, de citocinas: interleucina-6, interleucina-10, fator de necrose tumoral alfa, fator de crescimento endotelial vascular e de leucócitos), complicações operatórias imediatas e tardias, dor pós-operatória (escala visual analógica de dor) e grau de satisfação das pacientes (questionário validado de qualidade de vida SF36). O tempo cirúrgico foi significativamente maior no grupo das histerectomias por punção única umbilical comparado ao grupo de múltiplas punções (p= 0,001). O sangramento operatório foi semelhante entre os dois grupos. Não ocorreram complicações imediatas maiores, porém, em um caso de HLU, houve necessidade de realização de duas punções auxiliares para lise de extensas aderências pélvicas. Em relação à resposta inflamatória, os grupos se comportaram de forma semelhante nas dosagens de IL-6 (p = 0,833), IL-10 (p = 0,420), TNF alfa (p = 0,098), VEGF (p =0,092) e leucograma (p = 0,712). Embora o comportamento da proteína C-reativa tenha sido diferente entre os dois grupos, seus valores médios não apresentaram diferença estatisticamente significativa em nenhum momento avaliado (p = 0,666). A análise subjetiva da dor foi semelhante nos dois grupos estudados. Um ano após a cirurgia, verificamos a presença de hérnia umbilical em três pacientes submetidas à histerectomia por punção única umbilical, sem diferença significativa em relação à cirurgia com múltiplas punções (p = 0,09). Além disso, houve melhora da qualidade de vida em ambos os grupos, segundo avaliação feita antes e um ano após a cirurgia. Conclusões: A HLU apresentou tempo cirúrgico maior do que HLM; entretanto, não observamos diferença entre os grupos em relação ao sangramento operatório, à resposta inflamatória, à dor pós-operatória, às complicações e à qualidade de vida. As duas técnicas propostas para realização de histerectomia laparoscópica foram viáveis e seguras. Há limitações da técnica com punção umbilical única para pacientes com úteros volumosos ou com múltiplas aderências pélvicasHysterectomy is one of the most common surgical procedures in gynecology. Minimally invasive techniques bring benefits to patients and including early return to normal activities. This study included 42 women candidates to hysterectomy at the Gynecological Clinic Division of Clinics Hospital of São Paulo University Medical School. The patients were randomized in two groups: HLM (21 patients underwent to total laparoscopic hysterectomy with three abdominal incisions) and HLU (21 patients underwent to total laparoscopic hysterectomy with single umbilical incision). The surgical time, blood loss (pre and postoperative hemoglobin variation and total blood volume aspirated during the surgery), complications rate, acute inflammatory response (C-reactive protein, interleukin-6, interleukin-10, tumor necrosis factor alpha, vascular endothelium growth factor and leucogram), postoperative pain (Visual Analogical Pain Score) and patient satisfaction (Short Form 36 Health Survey) were analyzed. The operative time was significantly larger in the umbilical single incision hysterectomy group compared to the multiple incisions group (p = 0,001). Blood loss was similar in both groups. There were no major immediate complications; however, one hysterectomy started with single incision needed two additional trocars to remove extensive pelvic adhesions. In terms of inflammatory response, both groups were similar in terms of IL-6 (p = 0,833), IL- 10 (p = 0,420), TNF alfa (p = 0,098), VEGF (p =0,092) and leucogram (p = 0,712) measures. Although the C-reactive protein behavior was different between the groups, their average values showed no statistically significant difference in any evaluated moment (p = 0,666). Pain evaluation was similar in both groups. Twelve months after surgery we observed the presence of umbilical hernia in three patients submitted to single-port hysterectomy, with no significant difference compared to multiport hysterectomy (p = 0,098). There was improvement in quality of life, according assessment before and after surgery in both groups. Conclusions: Singleport laparoscopic hysterectomy did have significantly larger operative time than multiport laparoscopic hysterectomy; however, no difference was observed between the groups in terms of operative bleeding, inflammatory response, postoperative pain and quality of life. Both techniques for laparoscopic hysterectomy were feasible and safe. Single-port hysterectomy presented technical limitations in patients with large uterus or extensive pelvic adhesionsBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMaciel, Gustavo Arantes RosaTormena, Renata Assef2016-08-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-04112016-114650/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-10-02T20:03:01Zoai:teses.usp.br:tde-04112016-114650Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-10-02T20:03:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Histerectomia laparoscópica: estudo comparativo entre laparoscopia com múltiplas punções e punção única umbilical Laparoscopic hysterectomy: Comparative study between multiport and single-port laparoscopy |
title |
Histerectomia laparoscópica: estudo comparativo entre laparoscopia com múltiplas punções e punção única umbilical |
spellingShingle |
Histerectomia laparoscópica: estudo comparativo entre laparoscopia com múltiplas punções e punção única umbilical Tormena, Renata Assef Cirurgia Cirurgia videoassistida Estudos prospectivos Ginecologia Gynecologic surgical procedures Gynecology Histerectomia Hysterectomy Inflamação Laparoscopia Laparoscopy Minimally invasive surgical procedures Procedimentos cirúrgicos ginecológicos Procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos Prospective studies Surgery, Inflammation Video-assisted surgery |
title_short |
Histerectomia laparoscópica: estudo comparativo entre laparoscopia com múltiplas punções e punção única umbilical |
title_full |
Histerectomia laparoscópica: estudo comparativo entre laparoscopia com múltiplas punções e punção única umbilical |
title_fullStr |
Histerectomia laparoscópica: estudo comparativo entre laparoscopia com múltiplas punções e punção única umbilical |
title_full_unstemmed |
Histerectomia laparoscópica: estudo comparativo entre laparoscopia com múltiplas punções e punção única umbilical |
title_sort |
Histerectomia laparoscópica: estudo comparativo entre laparoscopia com múltiplas punções e punção única umbilical |
author |
Tormena, Renata Assef |
author_facet |
Tormena, Renata Assef |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Maciel, Gustavo Arantes Rosa |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Tormena, Renata Assef |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Cirurgia Cirurgia videoassistida Estudos prospectivos Ginecologia Gynecologic surgical procedures Gynecology Histerectomia Hysterectomy Inflamação Laparoscopia Laparoscopy Minimally invasive surgical procedures Procedimentos cirúrgicos ginecológicos Procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos Prospective studies Surgery, Inflammation Video-assisted surgery |
topic |
Cirurgia Cirurgia videoassistida Estudos prospectivos Ginecologia Gynecologic surgical procedures Gynecology Histerectomia Hysterectomy Inflamação Laparoscopia Laparoscopy Minimally invasive surgical procedures Procedimentos cirúrgicos ginecológicos Procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos Prospective studies Surgery, Inflammation Video-assisted surgery |
description |
A histerectomia é um dos procedimentos cirúrgicos mais frequentes em Ginecologia. As técnicas minimamente invasivas trazem benefícios às pacientes e possibilitam o retorno precoce às atividades diárias. O presente estudo envolveu 42 pacientes do Setor de Laparoscopia da Divisão de Clínica Ginecológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo com indicação de histerectomia. As pacientes foram randomizadas em dois grupos: HLM (21 pacientes submetidas à histerectomia total laparoscópica com 3 punções) e HLU (21 pacientes submetidas à histerectomia total laparoscópica com punção única umbilical). Foram analisados tempo cirúrgico, sangramento operatório (variação de hemoglobina pré e pós-operatória, e volume de sangue aspirado durante a cirurgia), resposta inflamatória aguda (dosagens seriadas de Proteína C Reativa, de citocinas: interleucina-6, interleucina-10, fator de necrose tumoral alfa, fator de crescimento endotelial vascular e de leucócitos), complicações operatórias imediatas e tardias, dor pós-operatória (escala visual analógica de dor) e grau de satisfação das pacientes (questionário validado de qualidade de vida SF36). O tempo cirúrgico foi significativamente maior no grupo das histerectomias por punção única umbilical comparado ao grupo de múltiplas punções (p= 0,001). O sangramento operatório foi semelhante entre os dois grupos. Não ocorreram complicações imediatas maiores, porém, em um caso de HLU, houve necessidade de realização de duas punções auxiliares para lise de extensas aderências pélvicas. Em relação à resposta inflamatória, os grupos se comportaram de forma semelhante nas dosagens de IL-6 (p = 0,833), IL-10 (p = 0,420), TNF alfa (p = 0,098), VEGF (p =0,092) e leucograma (p = 0,712). Embora o comportamento da proteína C-reativa tenha sido diferente entre os dois grupos, seus valores médios não apresentaram diferença estatisticamente significativa em nenhum momento avaliado (p = 0,666). A análise subjetiva da dor foi semelhante nos dois grupos estudados. Um ano após a cirurgia, verificamos a presença de hérnia umbilical em três pacientes submetidas à histerectomia por punção única umbilical, sem diferença significativa em relação à cirurgia com múltiplas punções (p = 0,09). Além disso, houve melhora da qualidade de vida em ambos os grupos, segundo avaliação feita antes e um ano após a cirurgia. Conclusões: A HLU apresentou tempo cirúrgico maior do que HLM; entretanto, não observamos diferença entre os grupos em relação ao sangramento operatório, à resposta inflamatória, à dor pós-operatória, às complicações e à qualidade de vida. As duas técnicas propostas para realização de histerectomia laparoscópica foram viáveis e seguras. Há limitações da técnica com punção umbilical única para pacientes com úteros volumosos ou com múltiplas aderências pélvicas |
publishDate |
2016 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2016-08-18 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-04112016-114650/ |
url |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-04112016-114650/ |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
|
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Liberar o conteúdo para acesso público. info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Liberar o conteúdo para acesso público. |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.coverage.none.fl_str_mv |
|
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
publisher.none.fl_str_mv |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br |
_version_ |
1815257867074142208 |