Qualidade de vida visual em portadores de esclerose múltipla com e sem história de neurite óptica desmielinizante.
Ano de defesa: | 2009 |
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Tipo de documento: | Tese |
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Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/ECJS-7S6HR7 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: A esclerose múltilpla (EM) é uma doença inflamatória imunomediada do sistema nervoso central que, freqüentemente, acomete o nervo óptico, podendo-se manifestar como quadro de neurite óptica ou envolvimento visual subclínico. Os pacientes com esclerose múltipla podem apresentar embaçamento e desconforto visuais, mesmo com acuidade visual normal. Presumivelmente, taissintomas podem prejudicar a realização de atividades diárias, bem como comprometer a qualidade de vida visual dos pacientes. OBJETIVO: Investigar a qualidade de vida visual dos portadores de EM e correlacioná-la à história prévia de neurite óptica. PARTICIPANTES E MÉTODOS: Este é um estudo observacional e transversal, realizado com uma amostra de 69 pacientes com EM e 62 controles sadios. Foram utilizados o questionário de função visual de 25 perguntas do NationalEye Institute (NEI VFQ-25) e os testes de função visual: acuidade visual com optotipos de Snellen (AV), teste de visão de cores Farnsworth -Munsell 100-hue (FM- 100hue), teste de sensibilidade ao contraste Low-Contrast Sloan Letters Charts (LCSLC) e campo visual computadorizado (CVC) por perímetro de Humphrey. A avaliação da incapacidade funcional foi realizada através da escala expandida doestado de incapacidade (EDSS). A comparação das características demográficas e clínicas, dos testes de função visual e do questionário na amostra foi feita através dos testes qui-quadradro, teste t de Student para amostras independentes, análise de variância, teste Mann Whitney U e teste Kruskal-Wallis. Os resultados do questionário e dos testes de função visual nos grupos de EM e controle foram correlacionados pelo coeficiente de Spearman. O valor de p<0,05 foi considerado uma diferença significativa em todas as análises estatísticas. RESULTADOS: Foi observado na comparação das médias do questionário entre os controles e o grupo de EM uma diferença significativa em cinco subescalas e no composto final. A mesma relevância estatística significativa foi encontrada na comparação de todos os testes de função visual entre os controles e o grupo de EM, com exceção dos testes de acuidade visual e sensibilidade ao contraste na lâmina de 100%. No entanto, na comparação das médias do questionário entre os controles e os subgrupos de EM, com e sem história de neurite óptica, foram observadas poucas subescalas com diferenças significativas. A correlação do composto final do questionário no grupo de EM apresentou diferença significativa nos seguintes testes de função visual: AV (r = - 0,25; p=0,04), LCSLC 100% (r = 0,28; p=0,02), LCSLC 5% (r = 0,40; p<0,01), LCSLC 1,25% (r = 0,35; p<0,01), LCSLC 0,6% (r = 0,31; p=0,01), CVC (r = 0,34; p<0,01) e EDSS (r = -0,32; p=0,01). O teste de visão de cores (FM-100hue) não demonstrou diferença significativa (r = -0,31; p=0,70). Nos controles, uma diferença significativa foi observada apenas na correlação do composto final ao teste de função visualLCSLC 1,25% (r = 0,41; p<0,01). CONCLUSÃO: Os pacientes com EMapresentaram piores resultados nos testes utilizados para avaliação da qualidade de vida visual em relação aos controles, o que poderia, portanto, explicar os sintomas apresentados pelos pacientes. A história prévia de neurite óptica não se destacou na avaliação da qualidade de vida visual da população em análise. |
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Marco Aurelio Lana PeixotoSebastiao Cronemberger SobrinhoMarcio Bittar NehemyAilton de Souza MeloYara Dadalti FragosoLuciano Mesquita Simao2019-08-11T09:05:39Z2019-08-11T09:05:39Z2009-01-23http://hdl.handle.net/1843/ECJS-7S6HR7INTRODUÇÃO: A esclerose múltilpla (EM) é uma doença inflamatória imunomediada do sistema nervoso central que, freqüentemente, acomete o nervo óptico, podendo-se manifestar como quadro de neurite óptica ou envolvimento visual subclínico. Os pacientes com esclerose múltipla podem apresentar embaçamento e desconforto visuais, mesmo com acuidade visual normal. Presumivelmente, taissintomas podem prejudicar a realização de atividades diárias, bem como comprometer a qualidade de vida visual dos pacientes. OBJETIVO: Investigar a qualidade de vida visual dos portadores de EM e correlacioná-la à história prévia de neurite óptica. PARTICIPANTES E MÉTODOS: Este é um estudo observacional e transversal, realizado com uma amostra de 69 pacientes com EM e 62 controles sadios. Foram utilizados o questionário de função visual de 25 perguntas do NationalEye Institute (NEI VFQ-25) e os testes de função visual: acuidade visual com optotipos de Snellen (AV), teste de visão de cores Farnsworth -Munsell 100-hue (FM- 100hue), teste de sensibilidade ao contraste Low-Contrast Sloan Letters Charts (LCSLC) e campo visual computadorizado (CVC) por perímetro de Humphrey. A avaliação da incapacidade funcional foi realizada através da escala expandida doestado de incapacidade (EDSS). A comparação das características demográficas e clínicas, dos testes de função visual e do questionário na amostra foi feita através dos testes qui-quadradro, teste t de Student para amostras independentes, análise de variância, teste Mann Whitney U e teste Kruskal-Wallis. Os resultados do questionário e dos testes de função visual nos grupos de EM e controle foram correlacionados pelo coeficiente de Spearman. 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A correlação do composto final do questionário no grupo de EM apresentou diferença significativa nos seguintes testes de função visual: AV (r = - 0,25; p=0,04), LCSLC 100% (r = 0,28; p=0,02), LCSLC 5% (r = 0,40; p<0,01), LCSLC 1,25% (r = 0,35; p<0,01), LCSLC 0,6% (r = 0,31; p=0,01), CVC (r = 0,34; p<0,01) e EDSS (r = -0,32; p=0,01). O teste de visão de cores (FM-100hue) não demonstrou diferença significativa (r = -0,31; p=0,70). Nos controles, uma diferença significativa foi observada apenas na correlação do composto final ao teste de função visualLCSLC 1,25% (r = 0,41; p<0,01). CONCLUSÃO: Os pacientes com EMapresentaram piores resultados nos testes utilizados para avaliação da qualidade de vida visual em relação aos controles, o que poderia, portanto, explicar os sintomas apresentados pelos pacientes. A história prévia de neurite óptica não se destacou na avaliação da qualidade de vida visual da população em análise.INTRODUCTION: Multiple Sclerosis (MS) is an immune-mediated inflammatory disease of the central nervous system that affects the visual system either as an optic neuritis or as a relentless subclinical disease. Patients with MS frequently complain of blurred vision or imprecise visual discomfort without any abnormality in visual acuity test. Presumably these symptoms may impair patients ability to perform their daily activities and the vision-related quality of life may be compromised. OBJECTIVE: Toinvestigate the vision-related quality of life in MS patients with correlation to previous episode of demyelinating optic neuritis. PARTICIPANTS AND METHODS: A crosssectional study in a sample of 69 MS patients and 62 healthy controls was conducted. We applied the Brazilian version of the 25-Item National Eye Institute Visual Function Questionnaire (NEI VFQ-25) and the following visual function tests: Snellen visual acuity (VA), Farnsworth-Munsell 100-hue color vision (FM-100hue), Low-ContrastSloan Letters Charts (LCSLC) and Humphrey visual field (HVF). The expanded disability status scale (EDSS) was also recorded. Comparative analyses using the following tests: chi-square, Student t, ANOVA, Mann Whitney U and Kruskal-Wallis were performed between the MS cohort and controls for comparison of the visual questionnaire scales, visual function tests, clinical and demographic features. Spearman rank correlation was used in MS cohort and controls between NEI VFQ-25scores and the visual function tests. RESULTS: A statistical significant comparison between the MS cohort and controls was observed in the composite score and five subscales of the visual questionnaire. The same statistical significant results were obtained with the comparison of all visual function tests between the MS cohort and controls, except for visual acuity and Sloan chart 100% contrast tests. However, thecomparison of the questionnaire among the subgroups of MS patients with and without previous episode of demyelinating optic neuritis and controls was poorly correlated. The composite score of the NEI VFQ-25 in the MS cohort correlated well to vision function tests including VA (r = -0.25, P=0.04), LCSLC 100% (r = 0.28; P=0.02), LCSLC 5% (r = 0.40; P<0.01), LCSLC 1.25% (r = 0.35; P<0.01), LCSLC 0.6% (r = 0.31; P=0.01), HVF (r = 0.34, P<0.01) and EDSS (r = -0.32, P=0.01). The FM-100hue test did not show statistically significant correlation to the compositescore (r = -0.31; P=0.70). In the control group, the composite score of the NEI VFQ- 25 correlated well to only one vision function test as LCSLC 1.25% (r = 0.41; P<0.01). CONCLUSION: Multiple sclerosis patients had worse scores in all tests regarding to the vision-related quality of life study in comparison to controls. Abnormalities of visual function tests may explain the subjective visual complaints. Previous episode ofoptic neuritis did not suggest a poorer vision-related quality of life in the study cohort.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGVisãoEsclerose múltipla/complicaçõesQualidade de vidaNeurite ópticaDoenças desmielinizantesBrasilQualidade de vidaEsclerose múltiplaQuestionáriosQualidade de vida visual em portadores de esclerose múltipla com e sem história de neurite óptica desmielinizante.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALluciano_mesquita_sim_o.pdfapplication/pdf766308https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-7S6HR7/1/luciano_mesquita_sim_o.pdf1d64322ba807e3366a6d9ef5725279d2MD51TEXTluciano_mesquita_sim_o.pdf.txtluciano_mesquita_sim_o.pdf.txtExtracted texttext/plain189210https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-7S6HR7/2/luciano_mesquita_sim_o.pdf.txt8ad1e4e0bd101de9d52d6e61bd2aa27aMD521843/ECJS-7S6HR72019-11-14 08:29:30.036oai:repositorio.ufmg.br:1843/ECJS-7S6HR7Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T11:29:30Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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