Alterações visuais assintomáticas na esclerose múltipla
Ano de defesa: | 2009 |
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Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
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Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/ECJS-7S9H7Z |
Resumo: | Introdução: Alterações visuais constituem junto aos distúrbios das funções dos braços, pernas e funções cognitivas as dimensões clínicas mais importantes da esclerose múltipla, sendo uma das freqüentes causas de incapacidade na doença. Sinais relacionados a distúrbios das funções visuais aferentes podem estar presentes mesmo em pacientes sem queixas visuais e naqueles sem história prévia de NO. Objetivo: determinar a freqüência e as características das alterações visuais assintomáticas em pacientes com EM, e identificar os possíveis fatores associados à ocorrência destas alterações. Metodologia: Avaliação da medida da acuidade visual; da sensibilidade ao contraste; da visão cromática e do campo visual foi realizada em 69 pacientes com diagnóstico de EM clinicamente definida, sendo 40 pacientes sem queixas visuais e sem história prévia de NO e 29 pacientes com história prévia de NO, e em 14 controles sadios pareados para sexo, idade e raça. Resultados: Alteração assintomática da sensibilidade ao contraste foi a mais freqüente (72,5% na lâmina de 1,25% de contraste, 67,5% na de 0,6% de contraste e 41,3% na lâmina de 5% de contraste), seguida da alteração da visão cromática (68,8%) e do campo visual (61,5%) (p < 0,01). O grupo com história de NO apresentou alterações em maiores proporções em todos os exames realizados neste estudo, quando comparado ao grupo sem história de NO. Fatores associados à presença de alterações assintomáticas da função visual incluíram sexo feminino, formas progressivas da EM, maior idade ao início da doença, e maior grau de incapacidade medido pelo EDSS. Conclusão: Alterações assintomáticas da visão são freqüentes em portadores de EM. A sensibilidade ao contraste é a função visual mais frequentemente alterada, seguida pela visão cromática e pelo campo visual. O sexo feminino, formas progressivas da doença, maior idade ao primeiro sintoma da doença e maior incapacidade neurológica são fatores associados à alteração assintomática da visão, principalmente da sensibilidade ao contraste. O presente estudo documenta pela primeira vez o envolvimento assintomático e simultâneo de várias funções visuais em um mesmo grupo de portadores de EM clinicamente definida sem história prévia de NO. |
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Marco Aurelio Lana PeixotoAilton de Souza MeloYara Dadalti FragosoAntonio Lucio Teixeira JuniorWesley Ribeiro CamposCarolina Reis Araujo2019-08-11T21:30:27Z2019-08-11T21:30:27Z2009-01-23http://hdl.handle.net/1843/ECJS-7S9H7ZIntrodução: Alterações visuais constituem junto aos distúrbios das funções dos braços, pernas e funções cognitivas as dimensões clínicas mais importantes da esclerose múltipla, sendo uma das freqüentes causas de incapacidade na doença. Sinais relacionados a distúrbios das funções visuais aferentes podem estar presentes mesmo em pacientes sem queixas visuais e naqueles sem história prévia de NO. Objetivo: determinar a freqüência e as características das alterações visuais assintomáticas em pacientes com EM, e identificar os possíveis fatores associados à ocorrência destas alterações. Metodologia: Avaliação da medida da acuidade visual; da sensibilidade ao contraste; da visão cromática e do campo visual foi realizada em 69 pacientes com diagnóstico de EM clinicamente definida, sendo 40 pacientes sem queixas visuais e sem história prévia de NO e 29 pacientes com história prévia de NO, e em 14 controles sadios pareados para sexo, idade e raça. Resultados: Alteração assintomática da sensibilidade ao contraste foi a mais freqüente (72,5% na lâmina de 1,25% de contraste, 67,5% na de 0,6% de contraste e 41,3% na lâmina de 5% de contraste), seguida da alteração da visão cromática (68,8%) e do campo visual (61,5%) (p < 0,01). O grupo com história de NO apresentou alterações em maiores proporções em todos os exames realizados neste estudo, quando comparado ao grupo sem história de NO. Fatores associados à presença de alterações assintomáticas da função visual incluíram sexo feminino, formas progressivas da EM, maior idade ao início da doença, e maior grau de incapacidade medido pelo EDSS. Conclusão: Alterações assintomáticas da visão são freqüentes em portadores de EM. A sensibilidade ao contraste é a função visual mais frequentemente alterada, seguida pela visão cromática e pelo campo visual. O sexo feminino, formas progressivas da doença, maior idade ao primeiro sintoma da doença e maior incapacidade neurológica são fatores associados à alteração assintomática da visão, principalmente da sensibilidade ao contraste. O presente estudo documenta pela primeira vez o envolvimento assintomático e simultâneo de várias funções visuais em um mesmo grupo de portadores de EM clinicamente definida sem história prévia de NO.Introduction: Visual dysfunction is one of the most common causes of disability in multiple sclerosis (MS). Careful examination of MS patients, who have never suffered optic neuritis (ON), may reveal asymptomatic visual loss. Objective: To investigate the frequency and characteristics of asymptomatic visual loss of MS patients with the aim of identifying the most common types of asymptomatic visual loss and any correlated factors. Methods: Visual acuity; contrast sensitivity; color vision and visualfield were performed in 69 patients with clinically defined MS (40 visuallyasymptomatic and with no previous history of ON, and 29 who had already had ON). Controls were healthy individuals matched for age and sex. Results: Contrast sensitivity was abnormal in 72,5% of patients at 1,25% contrast chart, 67,5% at 0,6% and 41,3% at 5% contrast chart; followed by color vision (abnormal in 68,8%) and visual field (abnormal in 61,5%). All the visual function tests results were better in patients with no previous history of ON, compared to the group with previous historyof ON (p < 0,01). Asymptomatic visual dysfunction was correlated to the gender, disease subtype, age at onset of the disease and EDSS. Conclusion: Visual loss occurs in visually asymptomatic MS patients. Contrast sensitivity it was the most precociously affected visual function in MS, followed by color vision and visual field. In our sample, female gender, progressive subtype of disease, higher age at onset ofthe disease and high level of disability as measured by EDSS score predicted the visual loss in visually asymptomatic MS patients. To the best of our knowledge this is the first report on the study of asymptomatic visual dysfunction in a sample of MS patients that involved simultaneous analysis of contrast sensitivity, color vision and visual field.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGEsclerose múltiplaNeurite ópticaDoenças desmielinizantesCirurgiaOftalmologiaBaixa visãoPerda visualEsclerose múltiplaNeurite ópticaAlterações visuais assintomáticas na esclerose múltiplainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALcarolina_reis_de_araujo.pdfapplication/pdf221050https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-7S9H7Z/1/carolina_reis_de_araujo.pdf034840f519a8aa1166a48939eb5036efMD51TEXTcarolina_reis_de_araujo.pdf.txtcarolina_reis_de_araujo.pdf.txtExtracted texttext/plain121203https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-7S9H7Z/2/carolina_reis_de_araujo.pdf.txtb4f175ba4cb387452079865c94bf850cMD521843/ECJS-7S9H7Z2019-11-14 08:55:41.103oai:repositorio.ufmg.br:1843/ECJS-7S9H7ZRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T11:55:41Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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