Suplementação nutricional de touros com astaxantina sobre a qualidade espermática e criopreservação de sêmen

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 0023
Autor(a) principal: Andreta, Joice Maria Bazerla
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/251999
Resumo: Características individuais de desempenho e adaptação podem conferir a touros reprodutores problemas de produção de sêmen dentro dos parâmetros preconizados para criopreservação e produção de doses em Centrais de Coleta e processamento de Sêmen (CCPS). Esta dificuldade individual de adaptação pode desencadear um quadro de estresse, promovendo alterações clínico-metabólicas que contribuem para um quadro de estresse oxidativo e consequente redução da qualidade espermática. O uso de carotenoides como fornecimento de potencial antioxidante é uma importante ferramenta no controle do estresse oxidativo. Dentre este grupo, a astaxantina (ASTX) se destaca por possuir elevado potencial antioxidante no combate às espécies reativas de oxigênio (ERO). Estudos em diversas espécies avaliaram o impacto da suplementação oral de ASTX. Entretanto, não foram encontrados trabalhos com o seu uso na dieta para touros reprodutores com problemas de qualidade espermática. O objetivo do presente estudo é avaliar a influência da suplementação oral de ASTX sobre a qualidade pré e pós-criopreservação, e estresse oxidativo do sêmen de reprodutores bovinos considerados problemáticos para criopreservação de sêmen (touros “problema”). Para o estudo, foram selecionados 14 touros da raça Nelore mantidos em regime de coleta em uma CCPS. Com base no banco de dados da central, foram avaliados os ejaculados produzidos entre os meses de jan-ago (n=417), período esse dividido em pré-suplementação (PRE=170), suplementação (SUP=111), pós-suplementação imediata (PSI=51) e pós-suplementação tardia (PST=85). Os ejaculados foram classificados em ejaculados colhidos (EC=417), ejaculados submetidos à criopreservação (ESC=109), ejaculados liberados (ELIB=92) e doses produzidas (DP=23.602). Para suplementação, os animais foram divididos em grupo controle negativo (CONT, n = 7) e grupo tratado (ASTX, n = 7), os quais foram submetidos à suplementação oral com 0,5 mg/kg de ASTX por 60 dias. Para análises de cinética espermática, integridade de membranas e estresse oxidativo foram realizadas 7 colheitas de sêmen (C0-C6) e criopreservação durante o período de SUP e PSI. Foi observada interação grupo*período para as variáveis de motilidade total (p=<0,01), vigor (p=<0,01), defeitos maiores testiculares (p=0,05), defeitos menores (p=0,05) e defeitos totais (p=0,01) pré-criopreservação. Para as análises de cinética espermática pós-criopreserevação, integridade de membranas e estresse oxidativo não foi observada diferença conforme o tratamento ou interação grupo*período. Com base em tais resultados, foi possível concluir que a suplementação oral de astaxantina teve efeitos benéficos para qualidade espermática pré-criopreservação de touros reprodutores com problemas de criopreservação de sêmen. No entanto, os benefícios da astaxantina oral não foram observados sobre qualidade e cinética espermática pós-criopreservação, integridade de membranas e estresse oxidativo, sendo necessários mais estudos sobre seus efeitos e períodos de suplementação para touros“problema” em regime de coleta em CCPS.
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Dentre este grupo, a astaxantina (ASTX) se destaca por possuir elevado potencial antioxidante no combate às espécies reativas de oxigênio (ERO). Estudos em diversas espécies avaliaram o impacto da suplementação oral de ASTX. Entretanto, não foram encontrados trabalhos com o seu uso na dieta para touros reprodutores com problemas de qualidade espermática. O objetivo do presente estudo é avaliar a influência da suplementação oral de ASTX sobre a qualidade pré e pós-criopreservação, e estresse oxidativo do sêmen de reprodutores bovinos considerados problemáticos para criopreservação de sêmen (touros “problema”). Para o estudo, foram selecionados 14 touros da raça Nelore mantidos em regime de coleta em uma CCPS. Com base no banco de dados da central, foram avaliados os ejaculados produzidos entre os meses de jan-ago (n=417), período esse dividido em pré-suplementação (PRE=170), suplementação (SUP=111), pós-suplementação imediata (PSI=51) e pós-suplementação tardia (PST=85). Os ejaculados foram classificados em ejaculados colhidos (EC=417), ejaculados submetidos à criopreservação (ESC=109), ejaculados liberados (ELIB=92) e doses produzidas (DP=23.602). Para suplementação, os animais foram divididos em grupo controle negativo (CONT, n = 7) e grupo tratado (ASTX, n = 7), os quais foram submetidos à suplementação oral com 0,5 mg/kg de ASTX por 60 dias. Para análises de cinética espermática, integridade de membranas e estresse oxidativo foram realizadas 7 colheitas de sêmen (C0-C6) e criopreservação durante o período de SUP e PSI. Foi observada interação grupo*período para as variáveis de motilidade total (p=<0,01), vigor (p=<0,01), defeitos maiores testiculares (p=0,05), defeitos menores (p=0,05) e defeitos totais (p=0,01) pré-criopreservação. Para as análises de cinética espermática pós-criopreserevação, integridade de membranas e estresse oxidativo não foi observada diferença conforme o tratamento ou interação grupo*período. Com base em tais resultados, foi possível concluir que a suplementação oral de astaxantina teve efeitos benéficos para qualidade espermática pré-criopreservação de touros reprodutores com problemas de criopreservação de sêmen. No entanto, os benefícios da astaxantina oral não foram observados sobre qualidade e cinética espermática pós-criopreservação, integridade de membranas e estresse oxidativo, sendo necessários mais estudos sobre seus efeitos e períodos de suplementação para touros“problema” em regime de coleta em CCPS.Individual performance and adaptation characteristics can cause breeding bulls to have problems producing semen within the parameters recommended for cryopreservation and production of doses in Semen Collection and Processing Centers (CCPS). This individual difficulty in adapting can lead to stress, promoting clinical-metabolic changes that contribute to oxidative stress and a consequent reduction in sperm quality. The use of carotenoids to provide antioxidant potential is an important tool for controlling oxidative stress. Among this group, astaxanthin (ASTX) stands out for its high antioxidant potential in combating reactive oxygen species (ROS). Studies on various species have evaluated the impact of oral ASTX supplementation. However, no studies were found on its use in the diet of breeding bulls with sperm quality problems. The aim of this study was to evaluate the influence of oral ASTX supplementation on the pre- and post-cryopreservation quality and oxidative stress of semen from bovine sires considered to be problematic for semen cryopreservation ("problem" bulls). For the study, 14 Nelore bulls kept in collection at a CCPS were selected. Based on the center's database, the ejaculates produced between January and August (n=417) were evaluated. This period was divided into pre-supplementation (PRE=170), supplementation (SUP=111), immediate post-supplementation (PSI=51) and delayed post-supplementation (PST=85). The ejaculates were classified as ejaculates collected (EC=417), ejaculates submitted to cryopreservation (ESC=109), ejaculates released (ELIB=92) and doses produced (DP=23,602). For supplementation, the animals were divided into a negative control group (CONT, n = 7) and a treated group (ASTX, n = 7), which were orally supplemented with 0.5 mg/kg of ASTX for 60 days. For analysis of sperm kinetics, membrane integrity and oxidative stress, 7 semen samples were collected (C0-C6) and cryopreserved during the SUP and PSI periods. A group*period interaction was observed for the variables of total motility (p=<0.01), vigor (p=<0.01), major testicular defects (p=0.05), minor defects (p=0.05) and total defects (p=0.01) pre-cryopreservation. For the analyses of post-cryopreservation sperm kinetics, membrane integrity and oxidative stress, no difference was observed according to treatment or group*period interaction. Based on these results, it was possible to conclude that oral astaxanthin supplementation had beneficial effects on the pre-cryopreservation sperm quality of breeding bulls with semen cryopreservation problems. However, the benefits of oral astaxanthin were not observed on post-cryopreservation sperm quality and kinetics, membrane integrity and oxidative stress, and further studies are needed on its effects and supplementation periods for "problem" bulls in the CCPS collection regime.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)CAPES, Código Financeiro 001Universidade Estadual Paulista (Unesp)Gimenes, Lindsay Unno [UNESP]Andreta, Joice Maria Bazerla2023-12-15T13:16:17Z2023-12-15T13:16:17Z0023-10-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfANDRETA, Joice Maria Bazerla. Suplementação nutricional de touros com astaxantina sobre a qualidade espermática e criopreservação de sêmen. 2023. 52 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Veterinárias – Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Jaboticabal, 2023.https://hdl.handle.net/11449/251999porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-12-16T06:00:45Zoai:repositorio.unesp.br:11449/251999Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T13:49:27.030923Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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